“Deixar de confrontar quando o confronto é necessário para que haja o crescimento espiritual equivale a fracassar no ato de amar”
HÁ PESSOAS que investem permanentemente no autoconhecimento, tornando-se cada vez mais tolerantes, compreensivas, humildes, generosas, pacifistas, enfim, potencialmente produtivas em suas relações humanas ao longo do tempo. São pessoas que vão além do racional, tangível, mensurável.
Tais indivíduos já têm um conhecimento acumulado para lidar com a limitação e o sofrimento dos outros, passando a ser respeitados e reconhecidos, não apenas pelas suas palavras, mas também pelas ações exemplares.
Pessoas dessa natureza costumam dar infinitas provas de amor ao mundo. Porque, ao desenvolver a sua consciência no sentido da compreensão e ampla generosidade, elas não conseguem viver sem que se doem a todo momento.
E elas nada falam sobre o espírito de solidariedade que as anima, porque os outros podem não acreditar ou não dar importância. Podem até pensar: “É louco! Vive de ilusão! Precisa acreditar que pode mudar o mundo!”
Quando o processo da autorreflexão evolui naturalmente, as pessoas, cada vez mais conscientes, sentem necessidade de compartilhar o seu aprendizado. Mas, paralelamente, elas também passam a incorporar a prática do silêncio quando não há receptividade. No entanto, jamais desistem em qualquer circunstância, pois não há como retroceder em seu desenvolvimento: elas precisam trabalhar cotidianamente para levar as pessoas, em sua área de influência direta, ao amadurecimento pessoal e espiritual bem sucedido.
Pessoas assim, com acumulado aprendizado em anos e anos de leitura, experiências interpessoais (por vezes filantrópicas) e práticas religiosas, têm certamente sempre algo a oferecer.
Se perguntarmos a esses que dedicam parte de seu precioso tempo a auxiliar pessoas como eles se sentem, a resposta pode ser em uma única palavra: felicidade. A ponto de sorrirem a sós, tamanha a sensação indescritível de paz interior que experimentam.
É possível acontecer de essas pessoas incomuns atraírem outras pessoas especiais para o seu convívio por conta da afinidade, da natureza interior de ambos, de propósitos semelhantes. Muitos percebem que podem se enriquecer pessoal e espiritualmente ao lado delas.