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terça-feira, 24 de junho de 2025

O FUTEBOL DE RUA QUE O TEMPO LEVOU




              Guilherme Simões, jornalista, Santos (Brasil), 24 de junho de 2025


Em tempos de guerra, vale uma reflexão sobre os rumos da sociedade. O mundo evoluiu em muitos aspectos, principalmente na área tecnológica, mas ainda permanece refém de líderes inconsequentes. A luta pelo poder leva o planeta a um futuro incerto e sombrio, com ataques militares e trocas de ameaças entre as potências mundiais. Tudo pelo orgulho ferido. O “fim do mundo” voltou a ser pauta nas redes sociais.

Em agosto de 1999, jogava bola na rua com amigos em meio a boatos sobre o apocalipse. Eu não lembro exatamente o porquê (dos boatos), mas havia um temor generalizado por conta de um eclipse solar no dia 11 de agosto daquele ano. O assunto era discutido entre um intervalo e outro, mas ninguém levava tão a sério quanto o placar do jogo. A rua Roberto Sandall, em Santos, onde cresci, era conhecida por seus torneios esportivos - futebol e jogo de taco eram as modalidades mais praticadas por lá. Ninguém reclamava do calor, do asfalto ruim ou dos pés descalços.

quarta-feira, 31 de julho de 2024

Como não amar os Jogos Olímpicos?

Um dos grandes baratos da competição é o espírito esportivo dos atletas, que são levados aos seus limites físicos e mentais durante as disputas, mas não perdem a concentração (e a naturalidade) mesmo diante de erros e imprevistos; o esporte tem muito a nos ensinar. 




Guilherme Simões, jornalista esportivo, 29 de julho de 2024

A única parte ruim das Olimpíadas é ela ter uma data para acabar. O maior evento esportivo do mundo reúne os principais atletas do planeta em um mesmo período e nos deixa completamente aficionados por esportes aleatórios - muitos deles desconhecidos do grande público. No último domingo (28) pela manhã, o Brasil conquistou três medalhas em um intervalo de apenas 21 minutos - duas no judô e uma no Skate Street. Talvez a inteligência artificial consiga acompanhar todas as modalidades de maneira simultânea, mas nós, humanos, fracassamos completamente na missão. 

O espírito esportivo prevalece na maioria das competições. Ao conquistar a medalha de bronze no judô, a brasileira Larissa Pimenta, visivelmente emocionada, caiu em lágrimas e parecia não acreditar no resultado histórico. A rival italiana, derrotada na luta, parabenizou Larissa com um abraço e demonstrou enorme carinho pela companheira de profissão, reconhecendo a sua façanha. No Skate e na Ginástica Artística, modalidades em que o Brasil costuma ser forte, é interessante acompanhar as expressões de felicidade dos atletas, que parecem se divertir enquanto competem. E olha que a pressão envolvida é absurda, surreal, com provas disputadas em alto nível técnico e pontuações sendo decididas nos detalhes. Também é comum os/as skatistas vibrarem com as manobras dos seus concorrentes.