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Parque High Line/NY
Imagem: www1.folha.uol.com.br |
Há um tempo, quando ouvi comentários sobre uma possível demolição do “Minhocão” (“Elevado Costa e Silva”), surpreendi-me. Imaginei o custo de uma demolição dessa natureza e pensei: por que não transformar essa via suspensa em um interessante espaço de lazer?
Ontem, 9 de junho de 2011, ao ler a Folha de S. Paulo, tive uma grata surpresa: “MINHOCÃO” DE NOVA YORK GERA US$ 2 BI, um artigo de autoria de Álvaro Fagundes, de Nova York. Até então, eu desconhecia o inusitado projeto americano.
“Apontado frequentemente como um modelo para o “Minhocão” paulista, o parque suspenso “High Line”, em Nova York, não só serviu para revitalizar seu entorno como atraiu diversos investimentos para a região”, escreve Fagundes.
Segundo ele, no dia 8 de junho foi aberta para o público a segunda seção do parque (construída no que foi até 1980 uma linha de trem), mas a primeira parte, inaugurada há dois anos, já gerou investimentos privados de US$ 2 bilhões nos seus arredores, de acordo com o prefeito de Nova York, Michael Bloomberg.
O parque, que corta os bairros de Chelsea e Meatpacking District, agora atrai não só turistas (foram dois milhões de visitantes no ano passado), mas também hotéis, lojas, restaurantes e galerias de arte que querem estar o mais perto possível do parque.
“O resultado é que os imóveis da região estão subindo de preço, em um momento em que o setor imobiliário americano continua atravessando grave crise”, comenta Fagundes.
DEMOLIÇÃO
O jornalista mostra ainda que o antecessor de Bloomberg na prefeitura de Nova York, Rudolph Giuliani, defendia, ao lado de muitos moradores da região do Chelsea, a demolição da abandonada linha de trem.
“Bloomberg estima que o “High Line” criou 12 mil postos de trabalho, além das 8.000 vagas geradas pelo setor de construção. O parque suspenso de NY tem entre seus arquitetos o escritório nova-iorquino Diller Scofidio + Renfro, que venceu o concurso de projeto para a nova sede do MIS (Museu da Imagem e do Som), em Copacabana, Rio de Janeiro, complementa o jornalista.