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domingo, 18 de junho de 2023

USO EXCESSIVO DO CELULAR

Num estado de eterna distração, as pessoas parecem estar perdendo a habilidade de estar com outras pessoas, de estar consigo mesmas. O uso abusivo do aparelho começa a se manifestar no corpo e revela alguns transtornos mentais.

 

Imagem: https://www.metropoles.com/vida-e-estilo/bem-estar/5-formas-de-evitar-dores-no-pescoco-pelo-uso-excessivo-de-celular 

 

Tom Simões, 18 de junho de 2023   

 

Observo hoje o vício em celular. O que era mais uma característica dos jovens despertou também o interesse dos mais velhos. E como! O tempo é valioso. Não o desperdicemos. Que tal valorizar um pouco um tempo disponível para ler um bom livro? É possível sim habituar-se à leitura. Basta começar, ainda que lendo uma a duas páginas de quando em quando. Livro sim é um bom ‘vício’. Um vício produtivo. E digo também: é possível sublinhar citações de boas obras para enviá-las pela rede social. Aí sim a gente estará usando utilmente o tempo disponível. Como eu costumo fazer. 

quinta-feira, 25 de junho de 2015

MEDITAÇÃO: O DESPERTAR DA VISÃO INTERIOR

Em busca de paz. Com esta leitura, talvez seja possível trilhar um caminho mais leve!


Tom Simões, tomsimoes@hotmail.com, jornalista, Santos (SP), 25 de junho de 2015 




DEDICAMOS todo o tempo da vida pensando. Pensando e fantasiando. Pensando em muitas coisas, necessárias e desnecessárias, sendo que o foco da nossa mente está sempre direcionado para o lado de fora. ‘Minha mente é como um céu, meus pensamentos são como nuvens’, revela o monge budista Geshe Kelsang Gyatso. Assim, o cérebro vai acumulando milhares de informações, difíceis de serem produtivamente processadas. Daí, quando ouvimos falar da tal ‘paz interior’, acreditamos tratar-se de uma fantasia impossível de concretizar.

O verdadeiro conhecimento deve conduzir à transformação interior. De outra forma, é apenas informação. Eu quero imaginar então como o leitor se comportará diante deste conteúdo.  Imaginar se ele conseguirá relaxar durante um tempo para refletir sobre um assunto de fundamental importância para a sua existência: a interiorização. Quem sabe, ao final do texto, seja possível compreender o que é necessário cultivar para atingir o estado de plenitude experimentado pelos sábios e santos que compõem a história da humanidade.

Quem explora esse tema com sabedoria é Sri Daya Mata, filósofa indiana, em ‘Só o amor’: ‘É apenas aprendendo a aquietar nossa consciência, como os grandes mestres nos ensinaram, que poderemos perceber dentro de nós a presença do Divino. Ele tem estado conosco desde o início dos tempos; Ele está conosco agora, e estará conosco por toda a eternidade. Segure-se firme Naquele que é imutável’.

terça-feira, 15 de abril de 2014

TEMPLOS RELIGIOSOS: COMO NÓS SOMOS INFLUENCIADOS

Por que eu gosto tanto de visitar uma igreja vazia?


RELENDO “O Lado Oculto das Coisas”, de C.W. Leadbeater, verifiquei que ainda há muita, muita coisa para eu compartilhar com meus amigos. Sobre a questão de como nós somos influenciados na vida, Leadbeater relaciona a influência dos planetas, do sol, do ambiente natural, espíritos da natureza, centros de magnetismo, cerimônias, sons, opinião pública, acontecimentos ocasionais e seres invisíveis, mostrando a nossa atitude para com essas influências. O autor mostra também como influenciamos a nós mesmos por nossos hábitos, ambiente físico, condições mentais e divertimentos, bem como, de que forma influenciamos os outros pelo que somos, pensamos, fazemos, pelo pensamento coletivo, nossas relações com as crianças e com os reinos inferiores. Certamente abordarei algumas dessas influências em artigos futuros, iniciando nesta oportunidade com a influência dos templos religiosos.

Veja o que narra o estudioso: “Todos nós admitimos, até certo ponto, que um ambiente não-usual pode dar causa a efeitos especiais. Falamos de alguns edifícios ou paisagens que são tristes e depressivos; percebemos que existe algo de sombrio e repugnante em uma prisão; algo de devocional em uma igreja, e assim por diante. Muita gente não se dá ao trabalho de pensar por que tal acontece, ou, se por um momento prestam atenção ao assunto, logo deixam de se preocupar, considerando que é um exemplo de associação de idéias.” 

sexta-feira, 24 de maio de 2013

CHUVA QUE TE QUERO TANTO...



CHUVA. Que chove. Que chove. Essa chuva que me traz esta sensação agradável de repouso, de aconchego, de uma profunda inspiração..., da vontade de ler um livro, escrever, abraçar o exuberante Universo... Mas, toda essa sensação de felicidade também faz-me sentir um pouco culpado, quando penso que, para muitas pessoas, a chuva é um inconveniente. Eu penso nas famílias precariamente alojadas, nos moradores de rua, na dificuldade de a população se locomover na rua com seus guarda-chuvas, muitas vezes em mau estado, em ter de se submeter a deficiências no transporte municipal... Ainda assim, amo a chuva. Ainda que eu não possa evitar os eventuais transtornos dos dias de chuva para a população em geral, a minha consciência permite fazer uma pausa para lembrar carinhosamente dos menos afortunados. Mas, por outro lado, com essa água abençoada que cai lá do Céu, os campos verdejantes ficam em festa. Porque “É preciso chuva para florir”. E depois vem o sol e a noite cheia de estrelas. Hoje chove. Chove muito. E então... Quem é capaz de ser insensível a tudo isto?...  

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

MENTE: QUEM É CAPAZ DE ESVAZIÁ-LA?...

“Quem não é capaz de se esvaziar, de reprimir seus pensamentos, desejos e esperanças, tem dificuldade até para adormecer. Adormecemos depois de a mente estar vazia”


ISTO TUDO não se trata de simples teoria, já que o meu propósito é contribuir para a elevação do leitor a um estágio melhor do que o anterior. O controle da mente é algo que experiencio e aprendi com a prática do budismo, iniciada há dois anos e meio. Porque um dos ensinamentos básicos do budismo é o esvaziamento da mente.

“Quem não é capaz de se esvaziar, de reprimir seus pensamentos, desejos e esperanças, tem dificuldade até para adormecer. Adormecemos depois de a mente estar vazia”, escreve a psicanalista Anna Veronica Mautner em “Elegia ao tédio, esse paradoxo” (Folha de S. Paulo, caderno Equilíbrio, 15/5/2012). A psicanalista revela que quem sofre de insônia está fugindo do vazio. “Não vou entrar nas razões que levam a essa fuga. Cada um contará uma história. É a partir do vazio que captamos a sensação do tempo-espaço para o surgimento de algo novo, que não precisa ser sensacional, pode apenas representar o novo – algo a mais no tempo, na experiência. No viver!”, arremata Anna.

Citando o psiquiatra e psicoterapeuta Augusto Cury, em sua obra “A fascinante construção do eu”: “Quem gerencia seus pensamentos, dialoga, abraça, elogia, se doa, brinca, tem muito mais possibilidades de superar a solidão gerada pelas decepções, perdas, rejeições, traições, abandonos. Quem não exige muito dos outros nem de si tem mais versatilidade e relaxamento nesse processo.”

terça-feira, 28 de agosto de 2012

ESTADO DE GRAÇA: NÃO VAMOS ATÉ A GRAÇA; ELA VEM ATÉ NÓS

“Quando nos alinhamos com a lógica existencial, o ambiente começa a refletir nosso comportamento. Sem esforço e como que por mágica atraímos o que precisamos”

JÁ CITEI ESTE TRECHO da obra “O líder sem status”, de Robin Sharma, com o qual me identifico bastante: “Compartilhar as ideias com o maior número possível de pessoas. A recompensa é que você será capaz de melhorar profundamente a vida de mais pessoas do que imaginava ser possível. E então, como só quero ajudar as pessoas a realizar o melhor de si e tornar o mundo um lugar melhor, fizeram-me prometer que os ajudaria a divulgar suas boas palavras. Cada um de nós pode fazer sua parte para ajudar a aprimorar as pessoas, as empresas e as nações. Hoje eu me sinto importante. Minha vida é significativa. Sinto que o mundo ainda se tornará um lugar um pouco melhor porque eu existo. E o que pode ser mais perfeito do que isso?”

Em 18/9/2011, a Folha de S. Paulo noticiou que o Dalai Lama, Tenzin Gyatso (76), líder máximo do budismo tibetano, defende a importância da educação para valores humanos desde o jardim da infância até a faculdade. Para ele, essa é a tarefa das próximas gerações: “Cabe a vocês dar forma ao século 21. Um mundo de compaixão pode ser criado. A minha geração logo vai dar tchauzinho e ir embora”.

Na vida, quando optamos por trilhar o caminho do autoconhecimento e da transformação pessoal contínua, podemos nos surpreender com retornos providenciais, ou seja, respostas refletindo uma ação divina. É bem difícil falar sobre isto, porque geralmente as pessoas não entendem ou não acreditam no aspecto transcendental da vida.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

PODER ESPIRITUAL

Psiquiatra americano faz uma analogia entre o poder espiritual e o político

A GENTE PRECISA doar-se permanentemente na vida. E não se isolar, acomodar-se, sem ter disposição para a doação espontânea, vivendo com elementos ensaiados ou estudados. Porque só assim é possível experimentar momentos de rara recompensa e intensa paz, “mas não a paz que o mundo oferece”, como dita a Sabedoria. Mas a paz indescritível, essa conquista “que leva a pessoa a caminhar na frente totalmente sozinha”, mas verdadeiramente realizada na sua condição humana.

Essa espécie de “estado de graça” é conquistada através de muita dedicação focada na reflexão, autocorreção e disciplina. Dedicação por conta das sucessivas experimentações renovadas ao longo do tempo, ou seja, da opção por trilhas menos percorridas, que proporcionam o gradativo enriquecimento pessoal e espiritual. É importante criar ou aproveitar circunstâncias favoráveis para conhecer novas pessoas, buscando ampliar o conhecimento e o entendimento para o progresso de cada um. Esta é a base para quem deseja experimentar o feliz encontro consigo próprio. Quem se habilita então a seguir um novo caminho?

O PODER ESPIRITUAL CRIA OUTRA SITUAÇÃO: A SOLIDÃO

Em sua obra “A trilha menos percorrida”, o psiquiatra americano M. Scott Peck faz uma analogia, pelo menos em certo sentido, entre o poder espiritual e o político. Uma pessoa chegando ao topo da evolução espiritual é como alguém que se encontra no topo do poder político. “Não há alguém acima para quem passar a responsabilidade; ninguém para culpar; ninguém que lhe diga como agir. Talvez, nem mesmo alguém do mesmo nível com quem compartilhar a agonia ou a responsabilidade. Outros podem dar conselhos, mas a decisão é só sua. Só você é responsável”.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

“O PODER DOS QUIETOS”

E então pare de se preocupar com a timidez do seu filho!


14 de julho de 2012. Concluo a leitura de “O poder dos quietos” (Como os tímidos e introvertidos podem mudar um mundo que não para de falar), escrito por Susan Cain. Uma obra extraordinária, que tem o poder de mudar para sempre a maneira como os introvertidos se veem e, talvez mais importante, como as outras pessoas os veem. Nesta semana, esse livro ocupa o 6o lugar na lista dos mais vendidos (não ficção) publicada pela Folha de S. Paulo (14/7/2012).

Identifiquei-me com algo que li no final da obra: “Descubra qual deve ser a sua contribuição para o mundo e assegure-se de contribuir”. Hoje, mais experiente e definido quanto a projetos de vida, tenho como um dos hábitos compartilhar os frutos das minhas leituras e estudos com outras pessoas.

Não raramente, o resultado das minhas buscas dão origem a uma torrente de confissões e reflexões com amigos, quando o momento é oportuno.

Manhã de sábado ou domingo. Silêncio característico. Período ideal para a leitura. Apenas eu e o escritor como companhia. Algo íntimo, secreto. De acordo com a abrangência da obra, vou me tornando uma nova pessoa a cada nova leitura, nesta que considero a melhor “viagem” pelo mundo. Por que gradativamente venho perdendo o interesse por viagens de lazer?  Creio serem as leituras os responsáveis pelo meu novo rumo.

Em cada viagem desta natureza vou me tornando mais consciente, experimentando a sensação da utilidade da minha vida. Porque raras pessoas cultivam o hábito da leitura, sinto prazer em popularizar o que leio, com o propósito de poder ajudar as pessoas.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

REFÚGIO SAGRADO


“Não quero ser egoísta.
Mas é no silêncio, sozinho,
em algum espaço sem o menor ruído,
que consigo a conexão com o inexplicável.”
 

 


* Tom Simões, jornalista especializado em divulgação de ciência, Santos (SP), setembro 2011

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

SOLIDÃO

“A menos que você seja capaz de ficar só, sua busca pela verdade será um fracasso. A função de um mestre é ajudá-lo a ficar só. A meditação é apenas uma estratégia para eliminar sua personalidade, seus pensamentos, sua mente, sua identidade com o corpo e deixá-lo absolutamente só por dentro, apenas um fogo vivo. E depois de encontrar seu fogo vivo, você conhecerá todas as alegrias e todos os êxtases de que a consciência humana é capaz”. São palavras do mestre Osho, na obra “Amor, liberdade e solitude – uma nova visão sobre os relacionamentos”, que li há alguns anos.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Silêncio: a oração dos sábios

 Busquei inspiração sobre o silêncio em “Nunca desista de seus sonhos”, do psiquiatra, cientista e escritor Augusto Cury.

É impossível estar livre de contradições e incoerências. Por quê? Porque temos uma complexa emoção que influencia a lógica dos pensamentos, as reações e atitudes humanas.

Sofremos por coisas tolas, nos angustiamos por eventos do futuro que talvez jamais ocorram, gravitamos em torno de problemas que nós mesmos causamos. Augusto Cury perdeu o medo dos monstros escondidos nos bastidores de sua mente. Enfrentou-os. Foi um grande alívio, diz ele.

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Sobre o silêncio que provoca o outro construtivamente

Há coisas que não precisam ser ditas. Coisas que a gente evita verbalizar e podem ser mal entendidas, como comportamentos voltados a si mesmo, sem a preocupação com o outro.

Às vezes, palavras tornam-se desnecessárias. O silêncio fala por elas. Trata-se do silêncio imune de rancor, desprezo, mágoa, revolta ou algo parecido. Este tipo de silêncio traz um significado mais amplo, relacionado ao que é essencial na natureza humana. Um silêncio que incomoda, pois, repleto de significados, sinaliza a indiferença do outro, levando-o ao desconforto e, certamente, à auto-reflexão.

domingo, 7 de setembro de 2008

“Ficar sozinho significa ser você mesmo, por completo”

Eu, Fellini” (editora Record, 1995) resume o que Federico Fellini contou a Charlotte Chandler, no decorrer dos 14 anos que o conheceu – da primavera de 1980 em Roma até o outono de 1993, poucas semanas antes de sua morte.

Segundo Charlotte, eles conversavam, com freqüência, durante a refeição, em um café ou restaurante, ou no carro em um passeio através de Roma – situações que ele amava e que o estimulavam a falar.

domingo, 29 de junho de 2008

Sobre Contardo Calligaris, Psicanalista

Contardo Calligaris
Imagem: entretenimento.uol.com.br
Contardo Calligaris, 59, psicanalista e escritor (Folha de S.Paulo, Cotidiano, 21/5/2008). Ele escreve: “...O verdadeiro perdedor é aquele que, na última hora, olhando para trás, vai ter a impressão de que desperdiçou a sua corrida...

Para mim, o perdedor é aquele que não conseguiu viver sua vida com toda a intensidade que ela merece. O ganhador é quem teve uma alta qualidade de experiência, seja qual for, que tenha sido intensamente...”.

“...A gente tem sempre momentos em que precisa de uma certa solidão, de recolhimento interior. Sempre vivi com alguém, mas não sou gregário. Coletividade grande, tenho uma alergia séria. Situação gregária é qualquer situação em que o grupo me manda fazer coisas que não são exatamente as que quero fazer. Quando o grupo ameaça a minha individualidade...”.