Tentando compor o que há nessa obra clássica envolvendo a Ciência da
Religião
O tema transcende o conhecimento comum. Ninguém é obrigado (ou não está ainda
preparado) a admitir a teoria da espiritualidade, que envolve o aspecto
transcendental do ser humano. Transcendental significa a experiência elevada, o
que está acima da razão. ‘Autobiografia de um Iogue’ é um livro sagrado
escrito em 1946 pelo iogue indiano Paramahansa
Yogananda,
1893-1952. Considerado seu ‘magnum opus’, o livro relata os poderes iogues de
ressuscitar os mortos, ver através de paredes, curar doenças terminais,
materializar perfumes e objetos, além de descrever a trajetória de estudos e meditação do autor, com ênfase na técnica de ‘Kriya Yoga’ e sua missão de difundi-la no
Ocidente. Yogananda também descreve a sua procura por um guru (mestre
espiritual) e seus encontros com Mahatma Gandhi, a quem deu
iniciação em Kriya Yoga; Rabindranáth
Tagore, poeta e escritor e músico indiano; Therese
Neumann, a católica estigmatizada; Sri Anandamoyi Ma, uma santa hindu; Lutero Burbank, ‘Um Santo
Americano’ a quem o livro é dedicado; dentre outras personalidades. Rabindranáth
Tagore, por exemplo, nos ensinou a cantar, para exprimir nossa alma com
naturalidade, sem esforço, como os pássaros.
Paramahansa
Yogananda é considerado um dos maiores divulgadores da antiga filosofia da
Índia para o Ocidente. A meditação transcendental atraiu a atenção de George
Harrison, que, entusiasmado pela leitura de ‘Autobiografia de um Iogue’,
contagiou os outros Beatles com os seus anseios místicos. ‘Mantenho exemplares
da ‘Autobiografia de um iogue’ espalhados pela casa e constantemente dou de
presente a pessoas que precisam mudar de vida. Eu digo: Leia isto, porque este
livro toca o coração de todas as religiões’, escreveu George Harrison em artigo
publicado no ‘The New York Times’.