quinta-feira, 29 de março de 2018

A ETERNA QUEIXA DE CONDÔMINOS MAL-HUMORADOS


“Falam. Que falam? Que falem.” (George Bernard Shaw)





ALGUÉM certa vez citou, sobre reuniões de condomínio: ‘Coisas que a humanidade criou para se torturar’. A propósito, sobre a última reunião do condomínio onde resido: que lamentável tamanha discussão despropositada. Sobre a pequena diferença a mais na taxa da água?... Era preciso ocupar todo o tempo de uma reunião por tão pouca coisa? O fato foi comunicado. Ponto! A administração do edifício reconheceu, dispondo-se a corrigir as eventuais falhas! Vamos então aos outros itens, civilizadamente. Era o que deveria ter acontecido... Mas não aconteceu! Que lamentável! Todos nós cometemos erros. Quem não os comete, levante a mão!

Depois de dois anos de administração, o ex-síndico sai de uma reunião com todos os condôminos indiferentes ao trabalho que desenvolveu. Sem relacionar alguns aspectos importantes do seu intenso trabalho, nenhum dos condôminos presentes referenciou em sua administração, por exemplo, o arrojado projeto arquitetônico que foi executado na entrada do condomínio.

Porque, infelizmente, via de regra, condôminos quando se manifestam é para reclamar! E o mais lamentável são os moradores que reclamam da administração do prédio e não participam das reuniões. E o que é pior, eles têm sempre os seus precários argumentos para justificar a ausência. Porque apontar apenas o dedo para coisas julgadas individualmente como erradas, francamente, é algo bastante desagradável, além de improdutivo. O cara se torna um chato, que o vizinho sensato acaba evitando! Críticas são necessárias, sim, mas comentadas com a pessoa e na oportunidade adequada.

Em seu artigo, ‘Quem paga a conta?’ (Folha de S. Paulo, 25/3/2018), Marcio Rachkorsky escreve: “Condomínio quer dizer copropriedade, domínio comum. Quem opta por viver em condomínio adere ao modelo de moradia compartilhada, com áreas privativas e comuns e rateio de despesas. Em busca de segurança, economia e praticidade, famílias migraram de casas para apartamentos, tendo que adaptar seus hábitos para um convívio coletivo, um ambiente com regras próprias. [...] A cada ano, mais e mais condomínios passam a realizar a leitura individual do consumo de água e gás, gerando economia, consciência ambiental e, sobretudo, melhorando comportamentos.”  

Mas há sempre os condôminos com pensamento egoísta. E, costumeiramente, debates em reuniões sempre deixam muito a desejar do ponto de vista construtivo. É bem provável que pessoas assim estejam de mal consigo mesmo, exteriorizando suas mágoas onde podem.

Como o próprio Marcio Rachkorsky cita em seu artigo, “O barato de viver em condomínio é justamente o prevalecimento do interesse coletivo sobre o privado, de forma a prestigiar a finalidade social do empreendimento e promover entrosamento e convívio entre vizinhos e, nos limites da lei, respeitar vontade e decisões da maioria.”

Selecionei alguns pensamentos capazes de levar a uma autorreflexão. Por que não tentar ser, em seu próprio condomínio, mais sensato, mais razoável, mais lógico, menos crítico e mais atuante construtivamente?... Amanhã, quem sabe (risos), o edifício onde reside poderá servir de referência a um veículo da mídia, como exemplo de condomínio ‘sustentável’ em todos os sentidos! Uia!

O que vocês acham de tudo isto?...


Para reflexão:

 “ENQUANTO nos ocupamos em apontar a escuridão lá fora, nos outros, num político, naqueles que atacamos por pensar diferente de nós, deixamos de agir e transformar o que nos cabe. Nós mesmos. Cada um de nós tem dons e habilidades que servem ao todo.”
(Patrícia Gebrim, psicóloga)



“Falam. Que falam? Que falem.”
(George Bernard Shaw)




“CONSTRUÍMOS muros demais e pontes de menos.

“AQUILO com que não estou satisfeito, dificilmente consigo julgar apto a ser comunicado a terceiros, especialmente na filosofia natural, onde o fantasiar é interminável.”
(Isaac Newton, 1643-1727)

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