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domingo, 12 de dezembro de 2021

Quem tem o afortunado hábito de elogiar?


 Tom Simões, jornalista, 12 de dezembro de 2021

 

RECONHECE-SE serem raras as pessoas com essa capacidade natural. Elogiar significa encontrar virtudes ou qualidades, avaliar positivamente. Trata-se de uma qualidade difícil e incomum nos relacionamentos do cotidiano: o desejo de ser útil. E isso implica em estar bem, sentir-se produtivamente preenchido, para poder refletir esse estado no contato humano. Há pessoas tímidas, sim, com dificuldade de fazer elogios. Como há quem se incomode inconscientemente de ver o outro realizado. Há que se entender! Os bem-aventurados compreendem a complexidade das relações humanas. Eles nunca deixam de elogiar quem se diferencia de alguma forma em seu comportamento habitual, até mesmo um desconhecido, surpreendendo-o! É triste reconhecer, todavia é mais comum criticar ações produtivas do que louvá-las. Puro desconhecimento! Receber um elogio ou encorajamento promove bem-estar e acolhimento, em ambas as partes. Elogiar alguém faz um bem enorme ao elogiado e, maior ainda, a quem tem o dom de reconhecer desinteressadamente valores pessoais ou uma tarefa bem-sucedida, de quem quer que seja. Alguém citou: “Reforçar positivamente o que de melhor as pessoas têm não é ignorar o seu lado obscuro; é dizer ao universo que não estamos disputando nada com ninguém”. Diz a máxima kantiana: “Age como se a máxima de tua ação devesse tornar-se, através da tua vontade, uma lei universal”.  Seja justo com quem faz a diferença! 

sábado, 24 de outubro de 2020

A FOME É NOSSA VIZINHA, MAS DESCONHECEMOS

 Tom Simões, tomsimoes@hotmail.com, 20 de outubro de 2020



Eu tenho o hábito de oferecer, vez ou outra, um lanche a funcionários do prédio onde resido.

Hoje levei um almoço. Disse ao porteiro que dava para ele dividir com outro(a) funcionário(a), por conter ali quantidade suficiente para duas pessoas. “Obrigado, senhor Tom, eu vou dividir com Fulano, porque hoje ele só trouxe pão”, revelou-me.

Esse mesmo porteiro, num domingo, perguntando-lhe se tinha algo a comer, ele respondeu-me: “Tenho sim, senhor Tom, tá cheio de banana aqui”...

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

INCONSCIENTE E SUBCONSCIENTE: ENTENDA AMBOS OS MECANISMOS, DE FORMA DIDÁTICA


Diferentemente do inconsciente, o subconsciente está logo abaixo da consciência e é acessível se a gente se esforçar para tanto. 


Tom Simões, jornalista (Santos, SP, Brasil), tomsimoes@hotmail.com, fevereiro 2019




AINDA não existe uma fórmula capaz de controlar o que dizemos de forma inconsciente. Emitimos sinais inconscientes o tempo todo. É por isso que é tão difícil fingir.

O inconsciente não é apenas um depósito de traumas reprimidos e habilidades incríveis. Ele também é especialista em fazer o contrário: colocar tudo pra fora. O psicólogo Paul Ekman, da Universidade da Califórnia, ficou famoso por ter catalogado mais de 10 mil conjuntos de ‘microexpressões’ – expressões faciais que fazemos inconscientemente enquanto conversamos, e que podem revelar nossas verdadeiras emoções. Ekman é considerado pela Associação Americana de Psicologia (APA) um dos psicólogos mais prestigiados e influentes do século XXI. E uma das maiores referências no âmbito da detecção de mentiras e da relação entre emoções e expressões faciais. 

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

MENTE INTELECTUAL E MENTE ESPIRITUAL

Tom Simões, tomsimoes@hotmail.com, outubro 2015




Acho bem diferentes o olhar dos sábios e o olhar dos intelectuais. Donos de uma ampla gama de conhecimentos, que vão desde os especializados àqueles relativos a outras matérias, os intelectuais, com bastante frequência, chegam a ser inacessíveis até mesmo ao público interessado, e, frequentemente, isso se dá, acreditem, por conta da soberba. Certamente, muitos seriam mais úteis se fossem mais humildes, mais “espiritualizados” no trato interpessoal. É claro que não dá para generalizar: há certamente intelectuais também capazes de ser muito humanos, servindo como instrumento de educação. Os soberbos me aborrecem porque acredito que o homem inteligente deve agir em prol da felicidade humana; agir sempre de forma a produzir a maior quantidade de bem-estar. Há uma percepção que me diz: ‘Não use seu tempo procurando coisas pequenas. Não se satisfaça com algo que seja menos do que o maior’. Certamente, algumas pessoas se diferenciam em sua trajetória por terem ações de fato transformadoras. Vangloriar-se como profundo conhecedor de qualquer coisa e se fechar em grupos elitistas pode responder a propósitos egóicos, não contribuindo para a expansão do saber na alma humana.

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Inspiro-me nos Sábios


Intelectuais: ‘donos’ do conhecimento, ricos na arrogância. Refiro-me certamente àqueles intelectuais que gostam de mostrar sua bagagem cultural e viver em grupos fechados, onde impera a vaidade. O oposto dos sábios, que apreciam a simplicidade e não têm preferência por pessoas, beneficiando a todos que, indistintamente, cruzam a sua vida. Beneficiando, pelo autoconhecimento, especialmente a si próprio. Já a não humildade dos intelectuais os levam a rejeitar esse caminho do autoconhecimento, pois ele implica em autocrítica, algo que não se encaixa na natureza do homem vaidoso. A vida não é poder, a vida é humildade e generosidade. Por este viés, no leito da morte, feliz daquele que poderá dizer: “Eu não passei em vão por este mundo”. Pelo amor, permaneceremos nas memórias. Tom Simões

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

A Alma do Museu (*)

Por Antônio Carlos Simões, jornalista, ex-diretor do Museu de Pesca de Santos (SP) e atual diretor do Centro de Comunicação do Instituto de Pesca, www.pesca.sp.gov.br, novembro de 2008 



Lembrando o cronista Rubem Alves, “Comemorar quer dizer ‘trazer de novo à memória’. Para quê? Para que se cumpra o ditado popular que diz ‘recordar é viver’. Dentre todos os seres vivos, os seres humanos são os únicos que se alimentam do passado.

Revela também o cronista: “Proust deu o nome de ‘Em Busca do Tempo Perdido’ à sua obra clássica. Se está perdido irremediavelmente no passado, por que se entregar à tarefa inútil de procurá-lo? Por fora, no mundo cotidiano do trabalho, estamos em busca de coisas novas. Mas a alma, nas penumbras em que mora, vive à procura de coisas velhas. Alma é saudade. Saudade é a inclinação da alma na direção das coisas amadas que se perderam. Saudade é a presença de uma ausência”.

Ao longo de sua representativa história, de todos os papéis desempenhados pelo nosso Museu de Pesca, há um deles que não retrata objetos, patrimônio, cultura, história, ensino, turismo... Este papel a que me refiro, para mim o mais importante, por se tratar do que é essencial em sua missão construtiva, diz respeito à Alma do Museu. Sim, à Alma do Museu.

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

MUDANÇA POSITIVA NO LUGAR DA MESMICE

Quem se atreve?

Tom Simões, tomsimoes@hotmail.com, jornalista, Santos (SP), Brasil 



PENSANDO num dia diferente? Com algo de novo a introduzir em sua rotina? Às vezes é preciso coragem para experimentar algo incomum. Cumprimentar um desconhecido no elevador, com um sorriso, por exemplo. Oferecer um lanche ao faxineiro do prédio. Olhar para o céu e relaxar, esvaziando a mente por algum tempo. Lavar a louça de casa, quando não se está acostumado a tal prática. Telefonar para o amigo que não encontra há um longo tempo. Oferecer algo de coração a um morador de rua. Desligar o chuveiro enquanto se ensaboa. Com o tempo, ao experimentar essas ‘novidades’ voluntárias, desinteresseiras, é possível transformar momentos de tristeza, que surgem inevitavelmente, sem explicação maior, em felicidade. Porque prazer é fácil obter. A gente pode comprar ‘prazer’ a todo instante. Mas felicidade, não! Pois há algo imprescindível para a conquista da felicidade, algo que se pode chamar de ‘doação voluntária’: essa coisa de se entregar a ações solidárias, solitárias, sem espera de retorno pessoal. Recentemente li algo sobre uma das ‘inteligências múltiplas’, a capacidade de perceber estados ou emoções nos outros para descobrir do que precisam para podermos ajudar, ensinar ou simplesmente manter um bom relacionamento... diversão, amor, amizade etc. É muito bom então pensar em fazer o que alegra o seu coração. Podemos observar a surpresa e a admiração no outro, que são naturalmente despertadas em tais circunstâncias. Adam Smith (citado pelo psicólogo americano Paul Bloom em “O que nos faz bons ou maus”) lembra que “Por mais egoísta que se creia ser o homem, existem, evidentemente, alguns princípios em sua natureza que o fazem se interessar pela bem-aventurança dos outros, e tornam a felicidade dos outros necessária para ele, embora ele não obtenha nada com isso, exceto o prazer de observá-la”. Desenvolva, pois, esse exercício diário e avalie, com o tempo, se ainda persistem aqueles inevitáveis momentos de tristeza! Caso não persistam, ótimo para você, a família e o mundo. Caso persistam, é bom pensar em um terapeuta... ou um bom amigo! O que o leitor tem a dizer sobre tudo isso?

EMPREGADOS DE CONDOMÍNIOS: MUITOS PASSAM COM (OU ATÉ SEM) ALIMENTO MÍNIMO

Triste realidade ignorada por moradores

Tom Simões, tomsimoes@hotmail.com, jornalista, Santos (SP), Brasil 


NADA contra uma “Cãominhada”, passeio com cães, muitos deles fantasiados, que acontece anualmente na orla da cidade de Santos (SP). Respeito os adeptos. Eu também gosto muito de animais, mas certamente esse evento me deprime um pouco. Será que os bichinhos gostam naturalmente desse desfile? E foi justamente num desses dias de “Cãominhada”, de atenção total aos pets, que uma triste realidade presente em muitos condomínios veio às minhas vistas. Ao chegar ao prédio onde resido, por volta das 12 horas, após um passeio na praia, chocou-me o rapaz da limpeza almoçando duas bananas e um ‘Bis’. E não se tratava de sobremesa, diga-se de passagem. E também não foi a primeira vez que me surpreendi com funcionário comendo banana na hora do almoço ou algum outro alimento parco, apenas para enganar a fome.

Esse fato trouxe à minha consciência que muitas vezes sobras de comida são jogadas no lixo no dia seguinte. Comida que poderia representar uma refeição para uma pessoa subalimentada.

quinta-feira, 31 de julho de 2014

ARROGÂNCIA INTELECTUAL E SABEDORIA

“Podemos ser muito bons em certos aspectos e fracassar em outros”

Tom Simões, tomsimoes@hotmail.com, jornalista, Santos (S)


A ARROGÂNCIA em certos ‘intelectuais’ chega a me incomodar, pois sentem-se ‘possuidores de todo o conhecimento’. E, se alguém não faz parte do seu grupo, eles simplesmente o menosprezam. Arranjam sempre uma maneira de depreciar o trabalho de quem não faz parte da sua ‘elite intelectual’. Na contramão dos pretenciosos, Rubem Alves e Ariano Suassuna, recém-falecidos, são exemplos bem acabados da “humildade” entre intelectuais.

Vejamos o que Jorge Blaschke escreve sobre o assunto, em sua obra “Além de Osho”: “Acreditar que somos os melhores, seja em geral ou em nossa especialidade. Podemos ser muito bons em certos aspectos e fracassar em outros. É o que Daniel Goleman discutiu em ‘Inteligência Emocional’: pessoas que obtiveram muitos diplomas acadêmicos ‘cum laude’, e passam a acreditar que são as melhores, depois são incapazes de se relacionar com os demais por não poderem controlar suas emoções nem compreender as alheias”.

quarta-feira, 17 de julho de 2013

COINCIDÊNCIAS: CAUSALIDADE OU SUPERSTIÇÃO?


“MAOMÉ insistiu muito, quase todos os dias de sua vida: ‘Eu sou apenas um mensageiro. Não me adorem, eu apenas trago uma mensagem do divino. Não olhem para mim, olhem para o divino, que enviou a mensagem a vocês.’ Mas os maometanos tinham esquecido a fonte. Maomé se tornou importante, o veículo”, escreve Osho, filósofo indiano,  em sua obra “O barco vazio”.

Parado estava eu, logo cedo, na frente do edifício onde resido, em Santos (SP), aguardando o motorista que me transportaria a serviço à cidade de São Paulo, enquanto uma casa, próxima do edifìcio, chamava-me a atenção. Eu pensava: “Uma bonita casa. Mas eu a modernizaria. Há algum tempo, não lembro de ver movimento nela. Estaria morando alguém?” Passado pouco tempo, surgiu alguém, como se tivesse adivinhado o meu pensamento. Era uma moça segurando um copo com café, que ofereceu ao segurança que monitora a quadra da rua. Coincidência?... Emocionei-me então com a atitude generosa dela.  

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

SIGMUND FREUD


UM PEQUENO DESAFIO: conseguir finalizar a leitura de uma obra dele, Sigmund Freud (1856-1939): “O mal-estar na civilização”, com tradução de Isabel Castro Silva. Muito difícil, confesso. Difícil mesmo conseguir compartilhar didaticamente algo dela com os amigos.

Portanto, deleitem-se com Freud, o grande pensador:

***

***  “Não conseguimos evitar a impressão de que por toda a parte os homens se regem por falsos padrões, que procuram para si próprios e admiram nos outros o poder, o êxito e a riqueza, ao passo que subestimam os verdadeiros valores da vida.

A pergunta pelo sentido da vida já foi colocada inúmeras vezes; ainda não obteve, e talvez nem sequer admita, uma resposta satisfatória. Alguns daqueles que fizeram a si esta pergunta acrescentaram: a vida perderia todo o valor caso se viesse a descobrir que não tem sentido.

[...] , mas nos tempos que vivemos parece que os povos obedecem muito mais às suas paixões do que aos seus interesses. Quando muito, os seus interesses servem para racionalizar as suas paixões, são invocados apenas para justificar a satisfação das paixões.

BISSEXUALIDADE, EDUCAÇÃO E TRABALHO, SEGUNDO FREUD


EM SUA OBRA “O MAL-ESTAR NA CIVILIZAÇÃO”, com tradução de Isabel Castro Silva, Sigmund Freud, 1856-1939, o notável médico criador da psicanálise, examina o modo como a espécie humana sacrificou a vida instintiva e reprimiu a espontaneidade para permitir o progresso social e cultural. É também neste livro, como consta em sua sinopse, que Freud analisa a origem dos sentimentos de culpa e, de um modo geral, procede à mais completa exposição das suas ideias sobre a história da humanidade.

Confesso ser difícil para mim ler Freud. Mas qualquer esforço é válido. Pela possibilidade de obter alguns “insights” essenciais à vida humana. No capítulo “Notas” do referido livro, que li durante uma recente curta viagem, surpreendi-me com a forma como Freud aborda a bissexualidade, a educação e o trabalho, e sobretudo pela tão grande atualidade do tema.

Eis o que reuni de Freud para compartilhar com o meu leitor. Não há como não se emocionar com a genialidade desse notável estudioso. O conteúdo de cada item pode levar o leitor a um estágio melhor do que o anterior: uma nova maneira de sentir, pensar e agir. Quem se habilita?

SOBRE A ATIVIDADE PROFISSIONAL

***  “Se o rumo dos interesses de um homem não for definitivamente traçado por nenhum talento particular, a atividade profissional comum e acessível a todos pode cumprir a função indicada pelo sábio conselho de Voltaire. Numa síntese sumária como esta, não é possível realçar suficientemente a importância do trabalho na economia da libido. Para conduzir a própria vida, a única técnica capaz de estabelecer uma união forte entre o indivíduo e a realidade é aquela que insiste no trabalho, pois este tem pelo menos a virtude de inserir o indivíduo num segmento da realidade, numa comunidade humana.

terça-feira, 10 de julho de 2012

ENFORCAMENTOS NO IRÃ

Fonte: artigo da Folha de SP, 1º. de julho de 2012, “Guindaste da morte  no Irã”, iranianos são enforcados no dia 27 de junho

SOB OS PRIMEIROS RAIOS DE SOL da quinta-feira, um alto-falante lista as acusações e dá a sentença contra os homens acusados de estupro e tráfico. Minutos depois, os corpos suspensos esboçam um balançar de pernas, enquanto os dedos se retorcem e alguém diz: “Sério? Já acabou?”.

 A Folha acompanhou a execução de dois condenados à morte nas imediações da capital iraniana. Sob os olhares da multidão, acusados são enforcados em caminhões dotados de guindastes e ficam suspensos a cinco metros de altura, num espetáculo de terror promovido para alertar dissidentes.

 Os corpos suspensos esboçam um trêmulo balançar de pernas, enquanto mãos e dedos se retorcem devagar. Um rapaz solta: “Eles estão se mexendo que nem rãs, é isso que merecem”.
Se aplicada num golpe rápido e seco, a forca leva à quebra das vértebras da coluna cervical e à secção da medula espinhal, causando morte quase instantânea.

GEORGE ORWELL, “Um enforcamento”

“É curioso, mas até aquele momento eu jamais me dera conta do que significava matar um homem saudável e consciente. Quando vi o prisioneiro pisar de lado para desviar da poça d´água, percebi o mistério, a injustiça execrável de interromper uma vida no auge. Aquele homem não estava agonizando, estava tão vivo quanto nós.

 [...] Ele e nós éramos um grupo de homens caminhando juntos, vendo, ouvindo, sentindo, percebendo o mesmo mundo; e em dois minutos, com um estalo súbito, um de nós partiria – UMA MENTE A MENOS, UM MUNDO A MENOS.”

***

Como um ser humano admite ainda enforcar alguém?

Há outras formas de punir desajustados. Eu chego até mesmo a  pensar, com base em um dos Evangelhos: “PAI, PERDOAI-OS  (a cúpula do IRÃ) PORQUE ELES (ainda) NÃO SABEM O QUE FAZEM”.

Revisão do texto: Márcia Navarro Cipólli, navarro98@gmail.com

segunda-feira, 28 de maio de 2012

A CARNE NA ALIMENTAÇÃO HUMANA

Com base na sabedoria de Masaharu Taniguchi,  líder espiritual da filosofia Seicho-No-Ie
Masaharu Taniguchi
Imagem: http://lacosespirituais.wordpress.com
ULTIMAMENTE, talvez influenciado pelo hábito cotidiano da leitura, venho mudando alguns comportamentos. Será que é pela leitura ou porque estou ficando velho?... Bobagem, pois indivíduos de todas as idades podem se conscientizar e mudar hábitos prejudiciais. Como revela a neurocientista Suzana Herculano-Houzel, em seu artigo “Guia para  incautos”, publicado na Folha de S. Paulo de 20/8/2009, “[...] a melhor maneira de promover nossa atenção, memória e aprendizado é ... usando a atenção e a memória e aprendendo coisas novas”.

É esta a ideia deste meu instrumento: contribuir para tornar a mente e a atitude das pessoas menos convencional. Pois, como gosto de escrever, uma leitura útil pode cumprir a função de despertar o leitor e libertá-lo das velhas formas repetitivas e condicionadas de pensar.

É por isto que, em meus textos, os principais protagonistas são outros autores. Ao trazer para os meus textos o que eles  pensam, estou protegendo  o meu leitor e a mim mesmo do resvalar para o lugar comum e a previsibilidade, pois, para quem busca ser sincero, é difícil não escrever o que  pensa, e não mudamos o nosso pensar com  muita frequência, assim como  é difícil escrever o que se sabe cada vez de uma forma diferente.

Existem pessoas que, mesmo já sendo adeptas de  uma religião e desempenhando assiduamente suas atividades, sentem-se muito bem e felizes ao entrar em  contato com os  ensinamentos de outros caminhos espirituais, como o Budismo, a Seicho-No-Ie, por exemplo. É propósito desse tipo de filosofia fazer com que, através de atos, palavras e pensamentos, possamos tornar este mundo melhor.

“VEGETAIS TAMBÉM TÊM VIDA E É CRUEL COMÊ-LOS”

Em seu artigo “A paz e a alimentação à base de carne”, publicado na revista Seicho-No-Ie Fonte de Luz, de maio de 2012, o autor, Masaharu Taniguchi, revela: “Há quem assim pense que, como os vegetais  também têm vida, comê-los seria uma matança. Entretanto, os vegetais não possuem almas individuais. Eles têm  a ‘alma da espécie’, mas não há, por exemplo, uma alma num grão de arroz. Na espécie de planta chamada arroz, há a ‘alma dessa espécie de planta’, sendo importante que o todo prospere. Não há  alma em cada grão de arroz”.

segunda-feira, 12 de março de 2012

UNIVERSIDADE DO FUTURO: É POSSÍVEL CONCILIAR CONTEÚDO ESCOLAR E AUTOCONHECIMENTO?

A necessidade de redesenhar seus currículos para estabelecer uma ligação direta com os dilemas pessoais e éticos mais urgentes do estudante

Imagem: http://miojoindie.com
AULAS SOBRE A IMPORTÂNCIA da delicadeza, serenidade, perdão, humildade, caridade, reconciliação, solidariedade, tolerância, superação, equilíbrio emocional, transformação, autoconhecimento..., temas perfeitamente adequados para serem conciliados com qualquer disciplina ou estágio escolar. Ou seja, para a promoção de virtudes essenciais ao bem-estar, tornando a atividade de ensino também uma atividade terapêutica. Por que não criar uma disciplina para desenvolver temas ligados à filosofia da vida cotidiana?... É que o ensino convencional ignora nosso desejo de autorrealização, sabedoria, amor, crescimento interior...

Conforme coloca John Stuart Mill, um dos defensores vitorianos dos objetivos da educação: “O propósito das universidades não é produzir advogados, médicos ou engenheiros competentes. É criar ‘seres humanos’ capazes e cultos”. Ou, como revela Matthew Arnold, uma educação cultural adequada deveria inspirar em nós “um amor pelo vizinho, um desejo de acabar com a confusão humana e diminuir sua miséria”. Em seu nível mais ambicioso, acrescenta Arnold, a educação deveria engendrar nada menos que a “nobre aspiração de tornar o mundo melhor e mais feliz do que quando o encontramos”. Ambas as citações encontram-se na obra que ora finalizo de ler: “Religião para ateus” (capítulo Educação), de Alain de Botton, nascido em 1969 em Zurique (Suíça) e formado pela tradicional Universidade de Cambridge.

Segundo Alain de Botton, o que une afirmações tão ambiciosas e sedutoras é sua paixão – e seu caráter vago. “Raras vezes fica claro como a educação poderia encaminhar os estudantes para a generosidade e a verdade e afastá-los do pecado e do erro, embora seja difícil não consentir passivamente com essa noção inspiradora, dada sua familiaridade e sua absoluta beleza”, diz.

Para Alain, independentemente da retórica ensaiada nos folhetos, a universidade moderna parece ter muito pouco interesse em ensinar aos alunos quaisquer aptidões emocionais ou éticas.

NOVA ERA

“A chegada de uma nova era requer que muitos seres humanos estejam preparados para ela. Vocês que estão neste caminho vêm trabalhando para esse propósito há muitos anos, estejam ou não conscientes disso. Vocês vêm eliminando as impurezas. E assim se tornam disponíveis a uma força poderosa que vem sendo liberada no universo – o universo interior”, escreve Eva Pierrakos em “O caminho da autotransformação”.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

PENSAMENTOS... 50 MIL POR DIA?

“Seus pensamentos são a causa primária de tudo. Tudo mais que você vê e vivencia neste mundo é efeito.”

ESTE TIPO DE INFORMAÇÃO pode mudar consideravelmente a vida de algumas pessoas. Somos ainda muito inconscientes e frágeis para controlar o turbilhão de ideias que passam por nossa cabeça, uma mescla do que vamos colhendo do meio externo e que misturamos com o turbilhão de impressões e juízos que trazemos dentro de nós.

Não desejo dizer ao leitor o que deve fazer, mas certamente, refletindo profundamente sobre o propósito da vida, há sempre quem perceba a urgência de uma revolução interior. Uma leitura útil pode cumprir a função de nos despertar e libertar das velhas formas repetitivas.

Tenho como propósito fundamental levar o leitor para um estágio melhor do que o anterior. Nesta oportunidade, abordo alguns conceitos fundamentais sobre “o pensamento”.

Em sua obra “O Segredo”, Rhonda Byrne revela que podemos mudar por completo qualquer circunstância e acontecimento em toda a nossa vida, AO MUDAR NOSSO MODO DE PENSAR.

“Os pensamentos são a causa primária de tudo. Tudo mais que você vê e vivencia neste mundo é efeito.

Quando se sente mal e não faz nenhum esforço para mudar seus pensamentos e se sentir melhor, você, com efeito, está dizendo: Tragam-me mais circunstâncias que me façam sentir mal. Provoquem-nas”, diz.

A autora explica que OS PENSAMENTOS SÃO MAGNÉTICOS E TÊM UMA FREQUÊNCIA: "Quando você pensa, os pensamentos são emitidos no Universo e magneticamente atraem todas as coisas semelhantes que estão na mesma frequência. Tudo o que é emitido volta para a fonte: você”.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

“NOVA ERA”

Cada vez mais pessoas partem para a defesa de causas em que acreditam...

Concepção artística de um quasar.
Crédito: ESO/M. Kornmesser, http://eternosaprendizes.com
Os quasares são os maiores emissores de energia do Universo. Um único quasar emite entre 100 e 1.000 vezes mais luz que uma galáxia inteira com cem bilhões de estrelas. Fonte: Wikipédia

NO DIA 10 DE DEZEMBRO DE 2011, fui assistir pela primeira vez ao ballet "O Quebra-nozes", no Teatro Alfa, em São Paulo. Dois fatos me emocionaram bastante: o próprio ballet e a apresentação, na entrada do teatro, de um grupo musical de jovens que participam de um projeto de inclusão social. Duas realidades antagônicas. Como era de se esperar, a maioria das pessoas que se dirigiam ao teatro para assistir ao espetáculo de  ballet não se sensibilizaram com aquela circunstância especial complementar. E então, no início da apresentação do ballet, ao olhar para os "camarotes” do teatro, meus olhos umedeceram: aqueles lugares especiais, naquele horário da apresentação, estavam reservados para os jovens do projeto social. É por isto que eu costumo insistir que há esperança sim de um mundo melhor. Há muitas pessoas interessadas, trabalhando apaixonada e eficazmente para que isso aconteça.

A Cisne Negro Cia. de Dança comemora 34 anos de existência, com sucesso de público e de crítica em todo o Brasil e no exterior.  Ela produz “O Quebra-nozes”, que está em sua 28ª. edição: uma tradicional obra natalina, com a maravilhosa música de Tchaikovsky.


DOAÇÕES DE BILIONÁRIOS AMERICANOS

“Nos últimos 30 anos, à medida que o abismo entre ricos e pobres cresceu cada vez mais nos Estados Unidos, as doações filantrópicas quase triplicaram, segundo estimativas anuais divulgadas pela fundação Giving USA e o Centro de Filantropia da Universidade de Indiana. Numa época em que a confiança nos governos cai e em que mais pessoas partem para a defesa de causas em que acreditam, produziu-se um tipo distinto de filantropo: o bilionário que exerce influência sobre políticas públicas”, escreve Nicholas Confessore no artigo “Os ricos fazem política”, publicado no “The New York Times”, caderno Folha de S.Paulo de 5 de dezembro de 2011.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

N A T A L ...

“... O mercado é uma das maiores criações sociais. Mas houve e há muitos tipos de mercado. O nosso, de corte capitalista, é terrivelmente excludente e por isso vitimizador de pessoas e de empresas. Ele é apenas concorrencial e nada solidário. Só conta quem produz e consome. Quem é pobre deve se contentar com migalhas ou apenas viver na marginalidade. No tempo de NATAL, o Papai Noel é uma figura central do consumo para quem está dentro do sistema e pode pagar...”

Leonardo Boff, “Papai Noel ou Menino Jesus?”, Bece-Rebia, Rede Brasileira de Informação Ambiental, dezembro 2006

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

HITLER: SUA INFÂNCIA DEPLORÁVEL

Reflexões sobre o bem e o mal...
Leio, leio muito para poder compartilhar com o leitor a sabedoria de grandes pensadores. Sobre o bem e o mal, Arthur Jeon dá uma lição em sua obra “Calma no Caos”, permitindo a revisão de alguns conceitos arraigados em nossa mente. Arthur é bacharel em Humanidades pela Universidade de Harvard, Estados Unidos. Estudou cinema e passou a atuar como roteirista. Ele iniciou sua jornada espiritual no início dos anos 1990, praticando ioga. Após muita dedicação e estudo, tornou-se professor.

“Era o melhor dos tempos, era o pior dos tempos, era a idade da sabedoria, era a idade da insensatez, era a época da crença, era a época de incredulidade, era a estação da Luz, era a estação das Trevas, era a primavera da esperança, era o inverno do desespero... – em resumo, era um tempo como o nosso tempo”, declara Charles Dickens, citado por A. Jeon.

Para Jeon, é tentador começar uma frase sobre violência dizendo “nesses tempos difíceis...”. Cada geração acredita estar enfrentando o pior tempo da história da humanidade, mas, como sugere Dickens, nossa época não é mais nem menos violenta que qualquer outra do passado.

“Apesar dos atentados, guerras e insurreições nos vários cantos do mundo, ainda vivemos um período relativamente pacífico se comparado aos demais da trajetória humana. No entanto, a questão do bem e do mal perdura. O que é o mal? Ele realmente existe no mundo?”, questiona o professor.

Num primeiro instante pode parecer uma pergunta ridícula, e então argumenta Jeon: “Aparentemente, atos de maldade são cometidos todos os dias. Assassinato, estupro, genocídio e pedofilia estão nas manchetes dos jornais com muita frequência, da mesma forma que relatos sobre a degradação do ar, água e terra em razão do lucro fácil e rápido.”

NOVA ERA

Na obra “Consciência Emocional - uma conversa entre Dalai Lama e Paul Ekman”, observa o monge: “Tudo é significativamente interdependente. No século XVI, os budistas tinham a mesma visão que têm hoje, mas o mundo não se encaixava nela, explica Ekman. Era possível viver sem pensar muito sobre como outras pessoas no planeta viviam. Agora é um fato da vida que o que uma pessoa faz tem efeitos sobre as outras, somos todos interdependentes. O problema da nossa era, do nosso século, é atingir uma compaixão global; de outra forma, corremos o risco de nos destruir”.