quinta-feira, 16 de abril de 2009

Silêncio: a oração dos sábios

 Busquei inspiração sobre o silêncio em “Nunca desista de seus sonhos”, do psiquiatra, cientista e escritor Augusto Cury.

É impossível estar livre de contradições e incoerências. Por quê? Porque temos uma complexa emoção que influencia a lógica dos pensamentos, as reações e atitudes humanas.

Sofremos por coisas tolas, nos angustiamos por eventos do futuro que talvez jamais ocorram, gravitamos em torno de problemas que nós mesmos causamos. Augusto Cury perdeu o medo dos monstros escondidos nos bastidores de sua mente. Enfrentou-os. Foi um grande alívio, diz ele.


Segundo entende o psiquiatra, a quase totalidade das pessoas tem um “eu” malformado que não gerencia seus pensamentos nem protege sua emoção adequadamente. Cury perguntava com frequência: que ser humano é esse que governa o mundo exterior, mas é frágil para governar o mundo psíquico? Onde estão as pessoas livres? Onde estão as pessoas que investem naquilo que o dinheiro não compra?



Calar também é preciso

Nos momentos mais tensos da sua vida, em vez de reagir, procure a voz do silêncio, orienta o psiquiatra. Quem não ouve essa voz, obstrui sua inteligência, tem atitudes absurdas. Para Cury, devemos gravar isto: nos primeiros trinta segundos de tensão cometemos os maiores erros de nossas vidas. Nos focos de tensão bloqueamos a memória e reagimos sem pensar, por instinto. Neste caso, o homo bios (animal) prevalece sobre o homo sapiens (pensante).

Cury escreve que a dor nos constrói ou nos destrói. É preferível usá-la para construir. Para ele, é fascinante pensar, existir e ter emoções, ainda que dolorosas. Em nossa caminhada interior, reconhece que somos os maiores carrascos de nós mesmos.

O psiquiatra orienta que, diante de uma circunstância em que possamos perder a tranquilidade, entremos em nosso próprio ser. Lá nos calemos, fazendo a oração dos sábios: o silêncio. Quem conhece a força dessa oração?

Por outro lado, Cury sugere: “Aprenda a dar risadas das suas tolices. Se não der risadas, você não sobrevive, pois reações bizarras são comuns. Ao rir de si mesmo, sua vida ganha mais suavidade”.

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