terça-feira, 23 de agosto de 2022

‘FAKE NEWS’: ESSA PRÁTICA VICIA. SOBRETUDO FANÁTICOS EM ÉPOCA DE ELEIÇÃO!

A internet é um campo imenso de possibilidades, e pessoas se aproveitam disso para espalhar mentiras nas redes. Informação é responsabilidade! Muitos boatos compartilhados diariamente viram ‘verdades absolutas’.

 

  

Tom Simões, 23 de agosto de 2022

 

Os discursos de ódio e as notícias falsas têm sido percebidos com grande frequência nas mídias sociais. ‘Fake news’ são notícias fraudulentas, sabidamente mentirosas, mas produzidas com a intenção de provocar algum dano. Não se deve confiar em informações difundidas pelo WhatsApp que não mencionam a respectiva fonte.

As ‘fake news’ têm um grande poder viral, isto é, espalham-se rapidamente. As informações falsas apelam para o emocional do leitor, fazendo com que as pessoas consumam o material noticioso sem confirmar se é verdade seu conteúdo. Elas alimentam a ilusão, o fanatismo do leitor. Não acredite em tudo o que lê. Desconfie, questione!

Detalhe: eleitores fanáticos por determinado candidato costumam apresentar um perfil comum no WhatsApp.  Eles se acostumam a permanecer na ofensiva. Sim, é difícil de acreditar, mas quando estão na defensiva acabam refletindo certo nível de ignorância. As teses bizarras, novas ou recicladas não param de circular. Não é raro notar - em manifestações excêntricas de quem se identifica com ‘fake news’, a expressão de ódio desmedido, transparecendo, quem sabe, algum problema pessoal reprimido. Aos desatentos, é preciso despertar nesse sentido.

“O fanático é uma pessoa que demonstra ser segura o tempo todo, mas, na verdade, não é tão confiante como deseja parecer ser. Quem tem convicção de suas ideias e crenças está disposto a olhar o outro lado e aceitar. É um movimento espiral de ir crescendo com o próximo, construindo e reconstruindo as verdades todos os dias. Já o fanático, não. Para ele, a verdade está pronta e nada pode mudá-la”, cita Edição do Brasil.

Como escreve Bruno Carbinatto na revista Superinteressante, “Todos nós tendemos a superestimar nossas habilidades – mas aqueles com menos conhecimentos são os que se consideram melhores que especialistas. É preciso entender a psicologia por trás do fenômeno. Mas uma vasta literatura empírica mostra que, na prática, o que ocorre é que, quanto menos uma pessoa sabe, mais ela acredita saber. Você já com certeza se deparou com algum desses personagens em alguma caixa de comentários pela internet, ou quem sabe em um grupo de WhatsApp, ou mesmo presencialmente. Na era da internet e em plena pandemia, nunca ficou tão evidente como pessoas completamente ignorantes em algum assunto geralmente são as mais entusiasmadas adversárias de especialistas que passam anos estudando”.

O fanatismo político acaba criando problemas de relacionamento e convívio social por conta da intransigência contra aqueles que não professam a mesma crença.

Cadê a fonte da notícia? Normalmente não é citada. É importante atentar para esse fato, checar a fonte que publicou o fato e até mesmo a pessoa que postou. Veículos de comunicação sérios fazem uma apuração especializada das informações antes de transmiti-las.

O poder de persuasão das ‘fake news’ é maior em populações com menor escolaridade e que dependem das redes sociais para obter informações. No entanto, as notícias falsas também podem alcançar pessoas fanáticas ‘supostamente’ mais esclarecidas, já que o conteúdo está comumente ligado ao viés político.

Esse universo é alimentado por pessoas de grande influência, geralmente políticos em campanha eleitoral, que contratam equipes especializadas nesse tipo de conteúdo viral. O que é o poder viral? É como os profissionais de marketing e publicidade denominam alguma característica, conceito ou ideia que se transforma em epidemia nos meios digitais, graças às redes de conexões instantâneas favorecidas pela internet.

A produção e veiculação de ‘fake news’ constituem um verdadeiro mercado. Essas equipes podem ser compostas por ex-jornalistas, publicitários, profissionais de marketing e profissionais da área de tecnologia.

Perfil do internauta brasileiro

Alguns estudos recentes alertam para um comportamento preocupante do internauta brasileiro: ler apenas a chamada de um texto e raramente clicar nele para ler seu conteúdo na íntegra.

Segundo um levantamento publicado no Research And Politics, e divulgado pela Revista Galileu em 2019, o usuário de Facebook lê apenas 7% das notícias sobre política que aparecem em seu feed – e, mesmo assim, muitos acreditam ter mais conhecimento do que realmente possuem.

Ainda no Brasil, uma pesquisa realizada pela DNPontoCom, de Curitiba, em outubro de 2018, constatou que 70% dos jovens brasileiros optam por ler apenas os títulos das notícias. A preocupação em compreender o ‘contexto’ dos acontecimentos parece cada vez menor.

Um outro estudo, publicado em 2018 por cientistas do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, nos EUA, concluiu que notícias falsas têm 70% mais chance de viralizar do que as verdadeiras.


Fontes consultadas

     ·       https://vestibulares.estrategia.com/portal/atualidades-e-dicas/o-que-e-fake-news-veja-como-identificar-informacoes-falsas-na-internet/


https://edicaodobrasil.com.br/2017/08/10/por-que-pessoas-estao-cada-vez-mais-fanaticas/#:~:text=Qual%20%C3%A9%20o%20perfil%20de,o%20outro%20lado%20e%20aceitar.


https://super.abril.com.br/comportamento/o-efeito-dunning-kruger-quanto-menos-uma-pessoa-sabe-mais-ela-acha-que-sabe/


https://abnoticianews.com.br/noticia/1714/pesquisa-aponta-que-7-em-cada-10-brasileiros-so-leem-o-titulo-das-noticias

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