quinta-feira, 27 de setembro de 2018

“O Semeador de Ideias”


Augusto Cury, nascido em 1958, em Colina (SP)






Médico psiquiatra, psicoterapeuta e escritor. Desenvolveu a teoria da ‘Inteligência Multifocal’, que estuda as habilidades socioemocionais - a sua relação consigo mesmo (intrapessoal) e também a sua relação com outras pessoas (interpessoal) -,
a formação do Eu, os papéis da memória e a construção dos pensamentos.





 Livros Recomendados

TENHO este produtivo hábito. Sintetizar os livros que leio abordando autoconhecimento e espiritualidade. É comum eu compartilhar com os meus seguidores trechos de alguns deles. Isso não impede o leitor de adquirir a citada obra para conhecê-la em sua totalidade. Vai aqui também a sugestão de um presente muito útil para quem valoriza a leitura.    

Tom Simões, tomsimoes@hotmail.com





Conheça algumas das ideias memoráveis do livro: “O Semeador de Ideias", que li em 2012:

 


A HUMANIDADE não precisa de heróis nem de deuses, mas de seres humanos que reconheçam suas tolices e assumam suas limitações e imperfeições. Vocês são deuses ou seres humanos?
Se considerarmos a personalidade humana como um grande edifício, a maioria dos homens nunca saiu do térreo, da sala de recepção. Sim, a maioria jamais entrou no subsolo da sua mente nem nos andares mais elevados da sua inteligência. São desconhecidos de si próprios.”






Amor

O AMOR não pode ser comprado, negociado ou transferido. O amor não cresce no terreno da coação, da força e do controle. Ele exige os terrenos férteis da liberdade e espontaneidade para florescer. Só se ama quando se é livre!”


  





TENTO ser um pequeno semeador de ideias para dar significado à minha vida.
Sei que o Artesão da existência pode perdoar as loucuras dos homens, e quem sabe as minhas também. Mas o meu problema é eu mesmo me perdoar.
A maior vingança contra um inimigo é perdoá-lo. Perdoe-o, e ele morrerá dentro de si; odeie-o, e ele viverá no centro da sua história e o aterrorizará dia e noite...”





MINHA mente se abriu para outra genialidade, a funcional, provocada, aprendida, que, em tese, todo ser humano pode e deve desenvolver. Uma genialidade que organiza, sintetiza e rearranja os dados de maneira nova, produzindo novas ideias.”





CADA vez mais somos uma ‘senha’, um número de identidade, de passaporte, e não seres humanos complexos. Estamos perdendo nossa essência. Construímos um esgoto social do qual ninguém escapa. Uns admitem nele habitar, outros negam sua existência, mas todos vivem em seus porões.”





OBSERVEM quantas pessoas transitam pelas ruas. Observem os carros, os apartamentos, as lojas abarrotadas de produtos. Eis a sociedade de consumo.
Ninguém muda o mundo se primeiramente não mudar o seu mundo. Os problemas da humanidade devem ser resolvidos não por um gigante ou por um grupo social, mas por uma mudança de mente, uma geração de seres humanos sem fronteiras que pensem como família humana.”




 

Jesus

O HOMEM que mais divulgou a tese sociológica do ser humano sem fronteira foi o mais famoso dos judeus. Mas, infelizmente, esse homem espetacular só foi estudado ao longo das Eras sob o ângulo da teologia, e não das ciências humanas.
Quando indagavam sua identidade, há dois milênios, ele solenemente dizia que era o filho da Humanidade, o filho do Homem. Uma resposta psicológica e sociologicamente assombrosa, tão surpreendente que foi única na história. Chamou a si mesmo por 66 vezes filho da Humanidade. Não queria que ninguém, nem judeus, romanos ou gregos, Lhe colocassem rótulos, títulos, estereótipos, raça ou cor.
Como ser humano sem fronteira, Ele exalou afetividade e altruísmo, abraçou leprosos como amigos íntimos e acolheu prostitutas como rainhas. Deu pleno crédito aos miseráveis e apostou tudo o que tinha nos excluídos. Ninguém era suficientemente débil, louco, antiético, corrupto ou diferente para estar fora do seu projeto. Sua humanidade sempre chocou os povos, inclusive os cristãos, que frequentemente se ilham em incontáveis religiões.”










UM SER humano inteligente discute ideias. Um ser humano mediano discute comportamentos, como fatos, estilos e conceitos. Um ser humano superficial discute pessoas, quer dizer, suas roupas, projeção, imagem. Onde vocês se encontram?”





OS FRACOS rejeitam, os fortes incluem. Nosso objetivo não é ganhar a guerra da discussão, mas a da conquista de um pelo outro. A unanimidade é desinteligente, insana, burra. A diversidade de cultura e de opiniões não exige concordância de ideias, mas respeito solene pelas diferenças. A sabedoria não requer cérebros infalíveis, mas mentes que reconheçam seus limites e sua estupidez. Cobre menos de si.”





Moradores em situação de rua

A falta de moradia é uma das mais graves injustiças sociais


NÃO HÁ tantos deles como no passado. O período entre os séculos XVI e XVII foi conhecido como a era dos mendigos. Os dados são surpreendentes. Um quarto da população de Paris na década de 1630 era constituída de mendigos, e nos distritos rurais o número era igualmente grande. Na Inglaterra, as condições eram semelhantes. Na Suíça, no século XVI, dizia-se: “Quando não há outra forma de se livrar dos mendigos que sitiam as casas e vagam em bandos pelas estradas e florestas, os ‘homens de bem’ devem organizar expedições contra esses desgraçados”. Essas expedições significavam, em alguns casos, matá-los.
A razão dessa miséria generalizada eram as guerras, as pestes, o arrendamento caro das terras, a falta de tecnologia agrícola e de transporte, a corrupção de homens.
Portanto, atualmente, a vida de mendigos é muito difícil, mas deve ser bem melhor do que a de grande parte das pessoas do passado.
Antes do século XIX, por cerca de quatro mil anos, o padrão de vida do cidadão comum na América, Europa, Ásia e África subiu pouco. Anos de abundância de alimento eram sucedidos por anos de escassez. A colheita para a grande maioria das famílias era o acontecimento mais solene, fruto de regozijos ou desespero, pois tinham de passar o inverno e sobreviver. Hoje, neste grande país, poucos se preocupam com isso. Milhões de pessoas que vão diariamente aos supermercados não têm a mínima ideia de como a Humanidade foi estrangulada pela falta de alimento.
A miséria e a fome eram fantasmas presentes. A Humanidade nunca atingiu a marca de um bilhão de habitantes.  Mas, na segunda metade do século XIX, e em especial no século XX, ocorreu uma revolução científica e tecnológica sem precedentes. Vacinas, tratamento de água e esgoto, antibióticos, ciências agrárias e distribuição de alimentos nos aproximaram, no intervalo de apenas um século, da marca de sete bilhões de habitantes.”










PITÁGORAS, cinco séculos antes desta Era, ensinava os seus alunos a terem uma inteligência humanista. Seus discípulos eram educados e treinados a perguntar em todas as casas e espaços sociais que adentravam: ‘Que fiz? Que erro cometi? Que deveres não cumpri?’ Como artesão da Educação, Pitágoras sonhava que seus discípulos aprendessem pelos menos três excelentes funções intelectuais: capacidade de reconhecer erros, de se colocar no lugar dos outros e de pensar nas consequências de seus comportamentos.”





  



Transformação pessoal

A ENERGIA gasta para mudar os outros é muitíssimo maior do que para tolerá-los do jeito que são. Ninguém muda ninguém. Só as próprias pessoas podem se mudar. Relaxe!”



***



ESTA síntese é uma simples ideia da obra. Quem se identificou com o seu conteúdo, deve ler o livro. Há muito mais a ser explorado sobre o tema.



Todo mundo pode mudar para melhor, se quiser. Carlos Castaneda, escritor e antropólogo peruano, diz que o homem só vive para aprender. “E se aprende, é porque é essa a natureza de seu destino, para melhor ou para pior”.

O autoconhecimento nos traz o saber, e este, o poder de nos transformar em pessoas melhores e mais plenas internamente. Trata-se de um longo caminho a ser percorrido e que exige a reinvenção de nós mesmos.
A gente tem de estar sempre se testando e se reinventando... Aperfeiçoando-se! 



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