quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Ringo Starr, ex-Beatle, completa 70 anos

Foto: www.ringostarr.com/photo.php
"Eu não estou me escondendo dos 70" é o título do artigo publicado no jornal "Folha de S.Paulo" (caderno Ilustrada) de 9 de julho de 2010. No dia 7 de julho, Ringo completou 70 anos. Dave Itzkoff, do "New York Times", é o autor do referido artigo com base em sua entrevista com o ex-Beatle.

"Na minha cabeça, tenho 24. O número é grande, sim. Mas senti que preciso comemorá-lo. Estou em pé, faço o que amo fazer. Eu não estou me escondendo dos 70."

Isto me leva a algo com que me identifiquei bastante, ao ler hoje, 11 de julho, na Folha de S. Paulo (caderno Ilustríssima), o artigo "Um autor para adolescentes (Cortázar, nosso tio legal e meio maluco"), de autoria de Damián Tabarovsky (com tradução de Paulo Werneck): "Julio Cortázar, escritor argentino, 1914/1984, tem um duplo enigma, o enigma da passagem do tempo: nós envelhecemos, mas ele, não. Ele sempre é brisa de liberdade, de esperança, de alegria, como é a própria juventude".

O que lhe parece uma idade adiantada hoje?, perguntou Itzkoff a Ringo Starr. "Acho que 90 anos. Mas vamos ver. Vamos levando um aniversário de cada vez."

Outra pergunta: Você acha que temos boas chances de conseguir paz e amor neste ano? "Acho que, quanto mais promovemos a ideia, mais chances temos de conseguir", disse o ex-Beatle.

Gostei disto: promover a ideia, o que é da responsabilidade de cada um de nós. Infelizmente o que se nota em termos de relacionamentos humanos e atitudes altruístas ao nosso redor é que ainda são incomuns e claramente perceptíveis aqueles que vivem segundo esse princípio de agir como instrumento de mudança para a construção de um mundo melhor.

O que se presencia ao nosso redor são pessoas voltadas a si mesmas: egoístas, intolerantes, materialistas e ignorantes no aspecto da solidariedade e da responsabilidade de servir como agente de transformação da sua realidade.

De maneira geral, uma característica das pessoas é a prática da crítica ao outro segundo a sua ignorância e a sua visão limitada e distorcida do mundo.

O hábito da boa leitura, aquela que leva à emoção e ao grau superior do pensamento, ainda é algo raro nas pessoas. Elas estão mais interessadas nos fatos sensacionalistas que a mídia seleciona para atrair leitores, telespectadores e patrocinadores comerciais. Paz e amor não dão sustentação financeira à mídia. Ponto final.

O que significa esse interesse mórbido das pessoas em acompanhar detalhadamente o rumo de tragédias como a de Bruno, goleiro do Flamengo, suspeito de ser o mandante de um crime e presenciar a morte da vítima?

"Não, por favor, não me fale sobre detalhes dessa tragédia. É trágico demais, e o que a revolta das pessoas pode acrescentar numa história como essa?..." Eu, aqui calado, imagino como antecedentes históricos de uma pessoa, como uma infância traumática, por exemplo, podem repercutir em sua vida adulta...

"Acho que, quanto mais promovemos a ideia, mais chances temos de conseguir a paz e o amor", pensa o ex-beatle. É pena que grandes influenciadores da opinião pública continuem tão distantes dessa ideia de Ringo Starr...

É hora de pensar em um tempo futuro: Onde foi que eu fiz a diferença neste mundo? Ou então: Eu não penso nisto. Saio mesmo sem deixar vestígios, pouco me importa. Na verdade, poderei até me arrepender de não ter ido além das minhas conveniências...

Coragem para se transformar em uma nova pessoa - desenvolvendo amor incondicional, compaixão e gratidão -, com direito a recompensas no âmbito da autoestima, da paz interior e da sensação de fazer parte do processo de aperfeiçoamento da natureza humana: quem se dispõe a experimentar e promover esta ideia saudável e obter um fantástico impacto em sua vida?

Ora ocorre-me algo que li recentemente do mestre budista Geshe Kelsang Gyatso, em sua obra "Compaixão universal": "Os infantis trabalham somente em benefício próprio; os Budas trabalham somente para o benefício dos outros. Basta olhar a diferença entre eles".

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