quarta-feira, 8 de julho de 2009

Programação Neurolinguística: como crenças podem afetar a saúde

Em junho, assisti em Santos uma palestra sobre “Programação Neurolinguística (PNL)”, ministrada pelo doutor Roberto Debski,  rodebski@serintegral.com.br, médico, psicólogo, “trainer” internacional em PNL (com certificação pela “Internacional Association of NLP Institutes” e pela “Society of Neuro-linguistic Programming”).  

Basicamente, a programação neurolinguística contribui para a transformação de experiências interiores. Pessoas hipertensas devem seguir as recomendações médicas e, além disso, se preocupar e cuidar da sua vivência emocional e espiritual, explica Debski. Ele diz que os neurotransmissores, como a serotonina e as endorfinas, as moléculas que produzem sensações agradáveis, fazem o coração bater diferente, na chamada alta coerência cardíaca. O contrário também acontece, quando secretamos os neurotransmissores do estresse e do medo, como a adrenalina e o cortisol.


Pessoas hipertensas devem evitar a solidão, o isolamento, a alienação, a depressão..., pois a ruptura das redes sociais compromete a saúde do coração, diz o médico. Somos criaturas de toque e sentimentos há milhares de anos, fato que garantiu a nossa sobrevivência enquanto espécie. Pessoas solitárias e isoladas têm muito mais chance de morrer prematuramente. Debski pergunta então: você tem algum grupo que frequenta regularmente? Tem fé religiosa? ... 

Independente e simultaneamente à administração do colesterol, do tabagismo... , é preciso estabelecer relações afetivas estáveis e/ou confidentes. É preciso confiar, abrir o coração e dividir sentimentos verdadeiros. Quanto mais depressivos, mais chances têm os indivíduos de desenvolver câncer, pois a depressão psicológica ocorre simultaneamente à depressão imunológica. É preciso estar atento para os nossos processos de repetição, para tudo aquilo que é difícil mudar. A lógica do movimento do corpo exige a renovação diária, a nossa vontade e coragem para nos transformarmos, para ultrapassar limites e cuidados excessivos, evitando a história do “sou assim mesmo, não consigo mudar...”.  

Quem se acomoda e não transforma os vários sentidos de sua vida não pode se queixar. Para o médico Roberto, as perguntas que fazemos direcionam as respostas que obtemos; nossa linguagem diária pode criar emoções poderosas e mudar o nosso destino, para o bem ou para o mal. É preciso então aprender a fazer novas escolhas, e isso constantemente... 

Debski chega a admitir que dores no peito, além das conhecidas doenças cardiovasculares, podem até significar falta de expressar afeto. Pessoas com facilidade em estabelecer relações afetivas com diferentes pessoas são menos predispostas a doenças; a intimidade é cardioprotetora, observa o médico. É preciso confessar segredos e perdoar, bem como aumentar o nível de conexão e a nossa compreensão por nós mesmos e pelos outros. Paralelamente, o toque também assume a sua importância: ele aumenta a imunidade e o bem-estar. Incorporar e desenvolver esses bons hábitos, bem como reconhecer e elaborar o nosso lado reprimido, pode aumentar a capacidade imunológica, pois a ligação corpo e mente é imediata.  

Animais de estimação, com seu amor incondicional, são favoráveis a pessoas solitárias, considera o médico. Ele comentou sobre uma experiência com uma espécie de coelho geneticamente mais propensa à elevação da taxa de colesterol. Colocaram-se coelhos em gaiolas mais no alto e em gaiolas embaixo, estas em contato mais direto com o tratador. Os coelhos que tiveram a assistência direta, cuidados com mais atenção, apresentaram o nível de colesterol mais baixo do que os animais que ficaram nas gaiolas de cima. 

Segundo Debski, as nossas emoções determinam nosso destino: estamos à sua mercê ou podemos escolhê-las e controlá-las? Existe uma fórmula para ser feliz? 

As várias questões subjetivas... 

O especialista traz à luz questões como: Por que temos a ilusão de que mudando de parceiro podemos mudar o modo de nos relacionar? Por que nos mantemos em relações afetivas que não dão certo e nos fazem sofrer? Por que atraímos parceiros problemáticos, vivendo relações destrutivas? Como encontrar o parceiro ideal e manter sempre produtiva a relação? Encontrar sozinho a felicidade e compartilhá-la com muitas pessoas: isto é possível? 

Libertar-se de mágoas do passado é o que o médico chama de “vivência do perdão”. No processo da programação neurolinguística, Debski desenvolve, por exemplo: a) o poder da fisiologia e do foco na mudança de padrões do corpo e da mente: b) o treinamento da mente, modificando o cérebro e ampliando a consciência para administrar a ansiedade, a depressão e o estresse; c) como nossas crenças afetam a nossa saúde: é preciso transformar crenças limitantes em crenças potencializadoras... 

Em “O futuro da humanidade” (Um mendigo e um médico em busca de um mundo melhor), o psiquiatra, psicoterapeuta e escritor Augusto Cury escreve: “Creio que todos nós criamos nossos monstros, nossos medos, inseguranças, pensamentos mutiladores, mas raramente encontramos pessoas com quem possamos dividi-los. Quando não há como reparti-los, temos de enfrentá-los. Caso contrário, não sobrevivemos. Mas a maioria foge de seus monstros”. Consta na referida obra que “Tudo aquilo em que cremos nos controla. Se o que você crê é saudável, tal crença o ajudará. Mas se aquilo em que você crê é destrutivo, tal crença o algemará. Desse modo, usei a arte da dúvida para questionar tudo aquilo que doentiamente me controlava, como os pensamentos angustiantes, as imagens irreais, as idéias de perseguição...”. 

Há mais informações sobre programação neurolinguística no site www.serintegral.com.br Elas também podem ser obtidas pelo e-mail: serintegral@serintegral.com.br  

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(*) Especializado em divulgação científica. Editor do site: www.pesca.sp.gov.br

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