quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

NOS ESTADOS UNIDOS, PARTES DO CRISTIANISMO ESTÃO MUDANDO

Imagem: O psicólogo Azim Shariff
Tenho o hábito de colecionar páginas de jornal que contenham conhecimentos que se adaptem à abordagem deste meu veículo de difusão. Como esta entrevista do psicólogo canadense Azim Shariff, de autoria de Rafael Garcia, que originou o artigo “A religião incentiva o comportamento altruísta”, publicado na Folha de S. Paulo, caderno Ciência, de 25 de dezembro de 2008.

Garcia demonstra que o estudo do psicólogo dá a entender que a crença em um Deus moral e capaz de punir foi boa no passado porque ajudou sociedades com uma espécie de “vigilância” em prol da cooperação. É isso que aconteceu?, pergunta o jornalista.

“Sim, essa é a teoria que estamos trabalhando. Antigamente, nas sociedades humanas, quando não havia grandes sistemas judiciários, a vigilância era limitada. As pessoas tinham que monitorar a reputação de todas as outras, e era muito mais fácil para os trapaceiros evitarem ser pegos”, explica o psicólogo.
Para Azim Shariff, o que a religião fez foi “terceirizar” toda essa vigilância para um ser onisciente, que poderia vigiar e punir todo mundo. A partir de então, as pessoas não trapaceariam, ou seriam incentivadas a não fazê-lo, porque não teriam como escapar de Deus, da mesma forma que escondiam suas trapaças das pessoas comuns.

Religiões mais legais

“Hoje nos EUA partes do cristianismo estão mudando de acordo com as novas condições sociais em que se encontram. Veja, por exemplo, o catolicismo, que sempre teve boa parte de sua sustentação em rituais, em um Deus particularmente rigoroso e no medo do inferno. Essas coisas estão mudando para coisas mais alegres e para um Deus mais amável. A razão para isso é que os comportamentos reprovados pela religião não pertencem mais a ela, devido aos sistemas judiciais seculares que existem hoje. E com as religiões se tornando mais legais, seu poder de disseminação aumenta”, revela Shariff.

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