A maioria das pessoas evita pensar nisso
Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=RXNGTfo6k70
Tom
Simões, jornalista especializado em divulgação científica,
Santos (Brasil), 18 de dezembro de 2025
Quem você é quem você
deseja ser? Assista ao vídeo até o fim e descubra o que normalmente ninguém tem
coragem de lhe dizer. E utilize estes ensinamentos para construir uma velhice
mais consciente e protegida. A gente realmente se surpreende com tal realidade.
SE ACHAR O VÍDEO LONGO, assista-o em partes: TRATA-SE DE UMA PRECIOSA
SERVENTIA.
Ana Beatriz Barbosa, 59, carioca, é médica graduada pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) com residência em Psiquiatria pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), bastante conhecida por seu trabalho de divulgação sobre saúde mental, através de seus livros e pela presença ativa na mídia e redes sociais. Há cerca de 30 anos, ela atende mulheres em seu consultório. Mas isso não significa que os homens não se beneficiem dos ensinamentos neste contexto, como pais, filhos e irmãos.
Um dia a pergunta chega:
“Quem vai cuidar de você na velhice? E a resposta nem sempre é aquela que
imaginamos. A vida muda, os vínculos mudam e muitas verdades só aparecem quando
já é tarde demais. Nesse vídeo, com base na psicologia, no comportamento humano
e nos laços emocionais, a psiquiatra revela a dura realidade que ninguém conta
sobre quem realmente estará ao seu lado na velhice.
Aqui você poderá ter uma
ideia. Por que nem sempre são os filhos que cuidam dos pais? Que tipo de
vínculo garante apoio real na velhice? Como construir relacionamentos que unam
presença, cuidado e dignidade? O que fazer hoje para não depender
emocionalmente de quem não pode (ou não quer) estar ao seu lado. Lembre-se:
quem cuida de você na velhice não é quem promete, mas quem tem vínculo real,
empatia e história verdadeira ao seu lado.
O sofrimento é inevitável,
faz parte da condição humana. Envelhecer, adoecer, perder pessoas, fracassar ou
se frustrar são experiências comuns a todos os humanos. O que muda tudo é como
atribuímos significado a essas experiências.
As explanações da
psiquiatra Ana Beatriz orientam ricamente esse estágio da vida. Com base
no assistente de Inteligência Artificial (IA) da Microsoft, a realidade
da velhice pode assustar porque nos confronta com perdas reais (do corpo, de
papéis sociais, de pessoas queridas), mas também pode ser um tempo de
profundidade, sentido e liberdade interior.
A realidade da velhice
Encará-la de forma mais
saudável passa por alguns eixos centrais, com os quais estou relativamente
familiarizado e experiente. Daí o meu prazer de compartilhá-los: porque aquilo
que nasce em mim só ganha sentido quando encontra eco em outros corações. Que
cada palavra seja uma ponte entre nós.
1- Aceitar a velhice sem
resignação não é desistir da vida, mas reconhecer limites novos. O sofrimento
aumenta quando lutamos contra o inevitável, enquanto a serenidade cresce quando
ajustamos expectativas e focamos no que ainda é possível.
2- É preciso elaborar as
perdas. Envelhecer envolve luto: pela juventude, pela vitalidade, por versões
antigas de si mesmo. Dar nome a essas perdas, falar sobre elas e se permitir
sentir tristeza evita que a velhice se transforme em amargura ou depressão.
3- Redefinir o valor pessoal.
Nossa cultura associa valor à produtividade e à aparência. Na velhice, o valor
precisa migrar para outras dimensões: experiência, sabedoria, afeto, presença.
Quem consegue fazer essa transição sofre menos.
4- Cuidar dos vínculos. Solidão é um dos maiores sofrimentos da velhice. Manter relações saudáveis com familiares, amizades e grupos é tão importante quanto cuidar da saúde física. Pedir ajuda não é fraqueza, é maturidade.
5- Encontrar sentido. “A vida nunca se torna insuportável pelas circunstâncias, senão somente pela falta de significado e propósito”, escreve Viktor Emil Frankl, 1905-1997, neuropsiquiatra austríaco. Pessoas que sentem que suas ações têm significado tendem a enfrentar melhor as adversidades. Pequenos projetos, espiritualidade, transmissão de conhecimento, cuidado com os outros – tudo isso dá sentido e pode enriquecer o tempo que resta. Estudos mostram que viver com propósito está associado a maior bem-estar psicológico e até benefícios físicos.
6- Olhar para a finitude com
honestidade. Pensar na morte não é morbidez, é organização da vida. Quem encara
a finitude tende a viver com mais verdade, menos adiamentos e menos medo
difuso.
7 - Buscar ajuda quando necessário. Tristeza persistente, desesperança, isolamento e irritabilidade não são necessariamente ‘normais’ da idade. Envelhecer não significa sofrer em silêncio. Psicoterapia e acompanhamento médico podem fazer diferença. Participar de um grupo cultural ou de uma instituição social, por exemplo, como outras ações individuais voluntárias, valorizam muito o tempo e trazem bem-estar. Conversar profundamente com alguém que você convive e tem confiança ajuda bastante, ao falar sobre coisas que você prefere ignorar e precisa enfrentar.
8 - O sedentarismo é um dos maiores fatores de risco para doenças
físicas e mentais. A prática regular de exercícios físicos e mentais é
essencial para manter o corpo saudável, prevenir doenças, fortalecer a mente e
a qualidade do sono. Atividades físicas liberam endorfina e serotonina,
substâncias que promovem bem-estar e reduzem sintomas de ansiedade e depressão.
Estudos mostram que até pequenas doses de atividade física ajudam na oxigenação
do cérebro e previnem o risco de demência, melhorando a memória e a concentração.
Frequentar uma academia de ginástica é essencial - na atualidade há grande
procura de idosos para a prática de musculação, por exemplo, incentivada por médicos
de diferentes áreas; andar de bicicleta, fazer caminhadas, yoga, meditação e mindfulness
(atenção plena — estar consciente do momento presente, observando pensamentos,
emoções e sensações sem julgamento) reduzem
estresse e aumenta clareza mental; leitura regular expande conhecimento,
melhora foco e interpretação; tocar um instrumento musical, escrever um diário
(exercita expressão, organização de ideias e memória), assistir a vídeos
educativos; frequentar uma escola de dança de salão; participar de um coral (traz
benefícios físicos, emocionais e sociais: melhora a respiração e postura, reduzindo
também o estresse); praticar palavras cruzadas, sudoku (jogo baseado na
colocação lógica de números), pingue-pongue e damas, por exemplo; adotar um
animal de estimação (cada vez mais a gente encontra idosos passeando com seus bichinhos)
etc. Existem outras práticas, certamente. Muito importante: para fortalecer a
memória, é essencial desafiar o cérebro com exercícios mentais, manter hábitos
saudáveis e outras práticas diárias que estimulam atenção, raciocínio e
criatividade. O cérebro funciona como um músculo: quanto mais é estimulado,
mais forte fica.
A Oração da Serenidade
pede serenidade, coragem e sabedoria para lidar com as dificuldades da vida: serenidade
necessária para aceitar as coisas que não posso modificar, coragem
para modificar aquelas que eu posso e sabedoria para conhecer a
diferença entre ambas. A sabedoria carrega um peso enorme. Não é apenas
conhecimento acumulado, mas a capacidade de aplicar esse conhecimento com
discernimento, equilíbrio e humanidade.
Há de se compreender, então,
que a velhice dói quando é negada, mas também pode ser um tempo de
reconciliação consigo mesmo quando encarada com lucidez, apoio e sentido.
E finalmente para reforçar
este assunto tão vital - a consciência da velhice saudável: a ideia de que “não
se vive sem um propósito” é quase universal — filósofos, psicólogos e
líderes espirituais orientam muito nesse sentido. O propósito age realmente como
uma bússola para orientação e proteção: ele não remove os obstáculos, mas ajuda
a atravessá-los com clareza, por sabermos para onde estamos indo. Ao pensar na
vida como uma jornada, os desafios são como montanhas ou tempestades
inevitáveis, daí o propósito para nos orientar: mesmo quando o caminho parece
confuso, o sentido transforma esforço em realização.
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