quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Mundo das aparências...

Não há dúvida de que a perda de certas crenças fez o homem mergulhar num vazio existencial profundo", revela a filósofa Regina Shöpke ("A coragem de ser feliz", jornal O Estado de S. Paulo, Sabático, 12/6/2010), comentando sobre o novo livro de Michel Onfray, "A potência de existir".

Escreve R. Shöpke: "É como diz Nietzsche: quando se mata o mundo superior, transcendente, fica-se com o mundo aparente, o mundo de simulacros, dos falsos objetos e sentidos". No entanto, prossegue a filósofa, o erro reside exatamente aí: não existe um mundo aparente e outro verdadeiro, só existe um mundo, e é o nosso. E, se quisermos fazer valer esta vida de verdade, precisamos afirmá-la de um modo drástico e profundo.

"De certa maneira, a resposta de Michel Onfray para a dureza da vida é exatamente aliviar o peso da existência. Trata-se de um reencontro potencializador consigo mesmo e com a própria vida. ‘Joga o que te pesa ao mar’, já dizia Nietzsche, ‘joga-te ao mar...’ Em poucas palavras: joga fora o que te mata e tem a coragem de ser feliz", nos inspira Regina Shöpke.

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