quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

MORADORES DE RUA: PSICÓLOGO E EMPRESÁRIO DÃO EXEMPLOS

Imagem: http://mosca-branca.blogspot.com
Tenho muita sensibilidade com moradores de rua. Quando leio algo produtivo sobre eles, fico feliz. Penso: que bom, eles não são totalmente ignorados. De quando em quando, é possível nos surpreendermos com um bom cidadão estendendo a mão para um desamparado.

Como estes: o psicólogo Edson Fragoaz (1), 46, que trabalhou em clínicas públicas para doentes mentais. “Tempos depois, ele se entusiasmou pela fotografia. Juntou, então, suas duas habilidades. Acompanha ex-moradores de rua, que são convidados a fazer registros fotográficos, desde o início do ano”, escreve Gilberto Dimenstein em sua crônica “Galeria da rua”, publicada na Folha de S. Paulo, Cotidiano, de 13 de outubro de 2010.
Segundo Dimenstein, como havia bolsas de estudo para os ex-moradores, estes podiam se dedicar mais às oficinas, reunidos num espaço no centro da cidade. O projeto, idealizado pelo Instituto Brasis, ganhou o nome de “Trecho 2.8”; 2.8 é um tipo de lente fotográfica. Esse Instituto foi criado pelo empresário Marcos Amaro (2) com um grupo de amigos.

O psicólogo percebeu como os moradores conseguiam trabalhar a autoestima. “Isso serviu para gerar um sentido de pertencimento, produzindo um resultado não esperado”, conta Dimenstein. Dimenstein diz também que, como eles ganharam uma bolsa e já tinham algum dinheiro de bicos, preferiram deixar a rua e alugar um quarto numa pensão barata.

Além dos planos...

No próximo dia 25 de outubro, os novos fotógrafos serão estrelas na Daslu, a requintada loja paulistana, que promoverá um leilão com o trabalho dos ex-moradores de rua para arrecadar recursos para o projeto, revela Dimenstein.

“Na semana passada, os idealizadores pensaram em algo ainda mais ousado: criar um espaço na Oscar Freire, projetado pelo arquiteto Ruy Ohtake e batizado de Galeria da Rua, para expor permanentemente o olhar dos alunos. Para combinar com o cosmopolitismo do local, a ideia é fazer exposições periódicas, com nomes da fotografia mundial, sempre com registros de rua”, complementa o cronista da Folha.

Gilberto Dimenstein é uma dessas preciosidades do jornal, que explora temas que são sempre bem-vindos a leitores interessados em obter conhecimentos que possam melhorar as suas atitudes. Ele me faz lembrar Deepak Chopra, em sua obra “Os anos perdidos de Jesus”: “Eu sou um otimista. Prefiro ver o que pode vir a ser em vez do que é”.

Um comentário:

  1. Outro exemplo: http://awebic.com/democracia/adeus-ao-desperdicio-empresario-de-goiania-cria-geladeira-solidaria/?r=A

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