segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

A energia que emana de cada ambiente

Foi na obra “O Lado Oculto das Coisas”, de C.W. Leadbeater (Editora Pensamento), que busquei inspiração para o assunto.

Todos nós admitimos, até certo ponto, que um ambiente não usual pode dar causa a efeitos especiais. Falamos de alguns edifícios ou paisagens que são tristes e depressivos. Percebemos que existe algo de sombrio e repugnante em uma prisão, algo de devoção em uma igreja, e assim por diante...


Nos tempos medievais, a fé era maior e menos acentuada a influência do mundo exterior. A verdade é que os homens rezavam ao construir nossas grandes catedrais, e colocavam cada pedra como se estivessem depositando uma oferenda ao altar. Quando esse era o espírito da obra, cada uma das pedras se convertia em verdadeiro talismã, carregado com a reverência e a devoção do construtor, e capaz de irradiar idênticas ondas de sentimento sobre os outros, tanto quanto as que despertavam em si próprios. 


Uma igreja nova não produz, de início, nenhum desses efeitos, porque os trabalhadores hoje constroem uma igreja com a mesma ausência de entusiasmo com que constroem uma fábrica. Assim que o bispo a consagra, uma influência se estabelece como resultado da cerimônia... Após alguns anos de uso, as paredes estarão efetivamente impregnadas.


Qualquer lugar onde se haja celebrado, repetidas vezes, uma cerimônia, sobretudo se instituída com vistas a um ideal elevado, está sempre impregnado de uma influência especial. Neste particular, Leadbeater se refere a outros lugares especiais: universidades e escolas, bibliotecas, museus e galerias, sítios e relíquias etc. 


Leadbeater descreve também sobre lugares com influências negativas, como prisões, matadouros, cemitérios e hospitais. Segundo o autor, em países não civilizados o bastante para fazerem cremar seus mortos, os sobreviventes visitam assiduamente os túmulos em que foram sepultados os corpos físicos em dissolução, e um sentimento de afetuosa recordação os leva a rezar e meditar ali e a depositar flores sobre os túmulos. Não percebem que as radiações de tristeza, depressão e desamparo, que tão frequentemente impregnam o cemitério, fazem deste um local impróprio para visitas. Sem que, provavelmente, nenhum deles tenha a menor idéia de que ficam expostos a cargas de influências negativas.


A aura de um hospital, por exemplo, consiste em uma curiosa mescla, diz ele, uma preponderância de fadiga, dor e sofrimento, mas também uma boa dose de piedade para com os sofredores e um sentimento de gratidão dos pacientes pela atenção e cuidados que lhes são dispensados.

Leadbeater sugere que, quando alguém escolhe uma residência, convém evitar a vizinhança de lugares que emanam tristeza.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Para comentar mais facilmente, ao clicar em “Comentar como – Selecionar Perfil”, selecione NOME/URL. Após fazer a seleção, digite seu NOME e, em URL (preenchimento opcional), coloque o endereço do seu site.