terça-feira, 11 de agosto de 2020

ENVELHECIMENTO ATIVO

O que significa ser velho no Século 21? É preciso acumular conhecimento, senão você vai ficar redundante. E muito chato!

 

Tom Simões, tomsimoes@hotmail.com, 10 de agosto de 2020


https://www.youtube.com/watch?v=K_Pl1weJbBE

(Clique no vídeo após a leitura do texto)

  

TRATA-SE aqui da apresentação do médico Alexandre Kalache, 74, no ‘Café Filosófico’ da TV Cultura de São Paulo, no dia 10 de agosto de 2020, abordando o tema “Longevidade em tempos de pandemia: terá valido a pena viver tanto”? É uma dessas pérolas que gosto de compartilhar com meus seguidores.

Alexandre Kalache, 74, nascido no Rio de Janeiro, é um médico epidemiologista especializado no estudo do envelhecimento. Desde 2012, ele preside o International Longevity Center-Brazil e, desde 2015, é copresidente da Aliança Global de Centros Internacionais de Longevidade.

“É preciso acumular conhecimento, senão você vai ficar redundante. Quanto mais tempo a gente vive mais tempo tem para aprender. Mais longa é a nossa maratona para treinar, superar obstáculos, dar a volta por cima... O envelhecimento exige que a gente adquira reservas para se recuperar, se superar e se manter ativo e atualizado, sempre”, assinala Kalache.   

Quem vive bem? Viver é uma escolha. Para quem não sabe, revela o médico, 25% por cento da nossa vida é carga genética; os outros 75% são oportunidades que a gente tem ao longo da vida, o que envolve nossos atributos pessoais.

O conceito de “envelhecimento ativo” pode mudar nossa visão sobre essa fase da vida, promover novas atitudes e orientar políticas públicas. Ter um propósito na vida é fundamental. Quando a gente perde o propósito ou nunca o descobriu, para que viver? Para que viver até os 30, 40, 50 anos...? 

O novo coronavírus escancarou a desigualdade social e estigmatizou o idoso, banalizando a morte dos mais pobres e dos mais velhos. O que significa ser velho em nosso país? Quem são os nossos idosos e como estamos envelhecendo?

Nós precisamos ficar atentos. Novas ameaças provocadas por vírus desconhecidos são inevitáveis. A previsão é de um dos principais virologistas do mundo, o português Nuno Faria, pesquisador da Universidade de Oxford (Reino Unido). “Desmatamento e criação de animais para consumo humano são fatores que estão por trás dos desequilíbrios, e temos que nos preparar para o futuro porque isso vai continuar a acontecer”, diz Faria, em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo de 6/8/2020.

“Não acho que os vírus estejam se vingando, eles não têm intenção [risos]. Mas, a sério, tudo isso faz parte de um processo biológico, processos ecológicos naturais que têm se desiquilibrado com ações humanas”, complementa o virologista.   

 

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