quarta-feira, 29 de junho de 2016

Sou um livre-pensador...

Tom Simões, tomsimoes@hotmail.com, jornalista, Santos (São Paulo, Brasil), junho 2016



                                                   Imagem: https://deusilusao.com/livros-e-velas/



Algo que li recentemente (não lembro a fonte) levou-me à reflexão: ‘A religião deve ser um debate racional de ideias ou uma exposição (ou imposição subliminar) de crenças que podem demonstrar uma espécie de fanatismo de um praticante?’. Algumas pessoas podem me perguntar: ‘Afinal, que corrente filosófica/religião você segue?’ Ao que poderei responder: ‘Nenhuma e todas – me considero um livre-pensador, que poderia ser definido como: indivíduo cuja visão a respeito da materialidade/espiritualidade é formada com base na razão, na livre-escolha do que se entende como a informação mais aceitável e confiável, independentemente de qualquer autoridade ou religião constituída’. Ou seja, quero expressar-me de forma livre, absorvendo a Sabedoria nas mais diferentes correntes do Pensamento Universal que, cada qual à sua maneira, busca interrogar, explorar e entender o mundo e o cosmo, material e imaterial. Neste momento da minha vida, considero-me um livre-pensador com um especial propósito – compartilhar as minhas buscas e crenças pessoais por um mundo melhor. Durante todo o meu tempo disponível, busco inspiração na Sabedoria de homens e mulheres que se diferenciam com pensamentos de fato transformadores.

Um comentário:

  1. Comentário (Roberto da Graça Lopes, cientista)
    Livre-pensador: Diz-se do indivíduo cujas opiniões a respeito da religiosidade são formadas com base na razão, independentemente de qualquer autoridade. No entanto, como operar com a razão no que tange à espiritualidade sem a submissão a uma “autoridade”, a uma corrente espiritual organizada, uma religião, segundo um particular conjunto de princípios e normas? A razão exige um substrato de informações que tem de ser buscado no acervo de conhecimentos disponíveis à Humanidade. Isto é fato, podendo-se questionar apenas se as fontes são fidedignas. E, neste particular, adeptos da ciência se separam de espiritualistas: os primeiros, dando crédito apenas ao que se pode perceber com os sentidos ou detectar com instrumentos reconhecidos; os segundos, estendendo a sua aceitação a informações canalizadas ou obtidas por clarividência consciente.
    Já ‘livre pensamento’ é o ponto de vista, filosófico, que sustenta que os fenômenos e todas as coisas devem ser formados a partir da ciência, da lógica e da razão, e não influenciados por nenhuma tradição, autoridade ou dogma. É coisa bem diferente do livre-pensador, já que exclui a espiritualidade, mas que de per si submete-se ao que quer evitar, ou seja, uma autoridade: a da ciência. Ciência que obviamente não é livre, pois se apoia em teorias estabelecidas e depende da colheita de dados/informações segundo metodologias. No entanto, pode ser livre sob a óptica de não se pautar em dogmas, em proposições inquestionáveis e, ao mesmo tempo, sem respaldo lógico ou experimental.







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