quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

“NOVA ERA”

Cada vez mais pessoas partem para a defesa de causas em que acreditam...

Concepção artística de um quasar.
Crédito: ESO/M. Kornmesser, http://eternosaprendizes.com
Os quasares são os maiores emissores de energia do Universo. Um único quasar emite entre 100 e 1.000 vezes mais luz que uma galáxia inteira com cem bilhões de estrelas. Fonte: Wikipédia

NO DIA 10 DE DEZEMBRO DE 2011, fui assistir pela primeira vez ao ballet "O Quebra-nozes", no Teatro Alfa, em São Paulo. Dois fatos me emocionaram bastante: o próprio ballet e a apresentação, na entrada do teatro, de um grupo musical de jovens que participam de um projeto de inclusão social. Duas realidades antagônicas. Como era de se esperar, a maioria das pessoas que se dirigiam ao teatro para assistir ao espetáculo de  ballet não se sensibilizaram com aquela circunstância especial complementar. E então, no início da apresentação do ballet, ao olhar para os "camarotes” do teatro, meus olhos umedeceram: aqueles lugares especiais, naquele horário da apresentação, estavam reservados para os jovens do projeto social. É por isto que eu costumo insistir que há esperança sim de um mundo melhor. Há muitas pessoas interessadas, trabalhando apaixonada e eficazmente para que isso aconteça.

A Cisne Negro Cia. de Dança comemora 34 anos de existência, com sucesso de público e de crítica em todo o Brasil e no exterior.  Ela produz “O Quebra-nozes”, que está em sua 28ª. edição: uma tradicional obra natalina, com a maravilhosa música de Tchaikovsky.


DOAÇÕES DE BILIONÁRIOS AMERICANOS

“Nos últimos 30 anos, à medida que o abismo entre ricos e pobres cresceu cada vez mais nos Estados Unidos, as doações filantrópicas quase triplicaram, segundo estimativas anuais divulgadas pela fundação Giving USA e o Centro de Filantropia da Universidade de Indiana. Numa época em que a confiança nos governos cai e em que mais pessoas partem para a defesa de causas em que acreditam, produziu-se um tipo distinto de filantropo: o bilionário que exerce influência sobre políticas públicas”, escreve Nicholas Confessore no artigo “Os ricos fazem política”, publicado no “The New York Times”, caderno Folha de S.Paulo de 5 de dezembro de 2011.


Segundo o jornalista Nicholas, Bill Gates, o cofundador da Microsoft, já investiu mais de US$ 13 bilhões em iniciativas de saúde em todo o mundo, por meio de sua fundação. William E. Conway Jr., um dos fundadores da firma de investimentos Carlyle Group, pretende doar US$ 1 bilhão de sua fortuna pessoal. Consta que ele está analisando como seu dinheiro poderá ajudar a financiar projetos infraestruturais.

Como escreve Nicholas, de modo condizente com o espírito dos tempos, que é contrário à presença forte do Estado, os novos filantropos têm em comum um desdém pela política estabelecida e uma impaciência com a lentidão do processo tradicional de traçado de políticas públicas. “Em outubro, o executivo da Starbucks, Howard Schultz, cuja fortuna líquida é de perto de US$ 750 milhões, propôs usar a fundação corporativa da Starbucks e donativos de consumidores para criar um programa de desenvolvimento econômico e treinamento profissional para desempregados”.

“Mas será que filantropos, mesmo os mais ricos, têm condições de financiar serviços públicos na escala do próprio governo?”, indaga Nicholas. Para o jornalista, uma maneira de fazer isso acontecer é, ao invés de procurar suplantar o que faz o governo, os filantropos poderem financiar um trabalho de defesa de causas para mudar o que o governo faz.

Nicholas Confessore dá mais exemplos: “No outono passado, Mark Zuckerberg, um dos fundadores do Facebook, contribuiu com US$ 100 milhões para investimentos nas escolas públicas de Newark, Nova Jersey. E, em agosto, o prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, doou US$ 30 milhões de sua fortuna pessoal para iniciativas relacionadas a rapazes negros e hispânicos da cidade. A esse valor somaram-se outros US$ 30 milhões de outro bilionário, George Soros”.
Imagem: http://megaarquivo.wordpress.com
NOVA ERA

Recebi algo interessante: “Calendário 2012”, com base em reflexão de J. Truffi. Ainda que possa tratar-se de um sonho, uma “viagem” ou uma ficção, por que não ler e pensar nesta ideia como algo positivo que nos leve a refletir profundamente e à esperança de um mundo melhor?

Segundo o texto, a Humanidade chegou a um período de transformação e a Terra deve se elevar na hierarquia dos mundos. Conforme as previsões, deve iniciar-se um ciclo baseado na harmonia e no equilíbrio.

A Humanidade e o planeta Terra estão passando por uma grande mudança, ou seja, mudança na percepção da consciência e da realidade. É o momento de se realizarem transformações individual e coletivamente. Cabe a nós, como cocriadores, começar a criar o novo mundo e a civilização que queremos agora.

Consta nesse calendário que, à medida que caminhamos efetuando nossa transformação íntima, vamos experimentando uma mudança na consciência.

Tempo. Apenas o agora existe, como todas as pessoas conscientes sabem. As formas-pensamento são muito importantes e afetam nossa vida cotidiana. Nós criamos nossa realidade com formas-pensamento. Se tivermos pensamentos negativos sobre os outros, é isso que atraímos. Se tivermos pensamentos positivos, vamos atrair pessoas e eventos positivos. Portanto, esteja ciente de seus pensamentos e elimine os desnecessários, os negativos ou os de julgamento. Seja exigente com os sentimentos e as informações que você processa e trabalhe no sentido de curar o planeta e a si mesmo.

A época atual é de transição. Os elementos das duas gerações se confundem. Colocados no ponto intermediário, assistimos à partida de uma e à chegada da outra, já se assinalando como uma no mundo, pelas características que lhes são peculiares. As gerações que se sucedem têm ideias e pontos de vista opostos.

Pela natureza das disposições morais e, sobretudo, das disposições intuitivas e inatas, torna-se fácil distinguir a qual das duas pertence cada indivíduo. Cabendo-lhe fundar a era do progresso moral, a nova geração se distingue por inteligência e razão geralmente precoces, aliadas ao sentimento inato do bem e a crenças espiritualistas, o que constitui sinal indubitável de certo grau de adiantamento anterior. Não se comporá de espíritos eminentemente superiores, mas daqueles que já tendo progredido se achem predispostos a assimilar todas as ideias progressistas e estejam aptos a secundar o movimento de regeneração.
Imagem: http://entrelinhasjuridicas.wordpress.com
MAIS UM SINAL DA RESPONSABILIDADE CIDADÃ

Em janeiro de 2012, a Prefeitura de São Paulo vai inaugurar um complexo de acolhida para usuários de crack a pouco mais de um quilômetro da cracolândia, no centro da cidade paulista. Este fato originou o artigo “Bom Retiro terá complexo para viciado em crack”, de autoria de Vanessa Correa, publicado no jornal Folha de S.Paulo, Cotidiano, de 17 de dezembro de 2011. Com 12 mil m2 – área equivalente a três campos de futebol -, o local será o primeiro a agrupar equipamentos de assistência social e de saúde.

“Terá centro de convivência com quadra poliesportiva, biblioteca e jogos, albergue para 120 pessoas, AMA (Assistência Médica Ambulatorial) e Caps-AD (Centro de Apoio Psicossocial Álcool e Drogas). A AMA e o Caps terão 120 profissionais de saúde e 11 leitos para internação e observação. Funcionarão 24 horas”, escreve a jornalista.

Notícias dessa natureza passam despercebidas da maioria dos leitores de jornais. Há tanta tragédia, corrupção de políticos e desesperanças veiculadas, que as pessoas ficam descrentes.

Em contrapartida, os profissionais cada vez mais buscam um significado, principalmente os jovens, revela Fábio Colletti Barbosa, administrador de empresas, em seu artigo “Sobre jovens e valores”, publicado na Folha de S.Paulo, Mercado, de 10 de outubro de 2010. Segundo o autor, os jovens querem saber como seu trabalho impacta o ambiente, a sociedade, o futuro etc. “A busca de um sentido para o que se faz é a indicação maior de que muito se evoluiu nessas novas gerações”.

Fábio cita o escritor Érico Veríssimo, que dizia que felicidade é saber que não se viveu uma vida em vão. Mais jovens buscam isso. O futuro do país está em boas mãos.

Para Fábio, se a sua geração não foi capaz de deixar um mundo melhor para os nossos jovens, terá certamente deixado jovens melhores para o nosso mundo. “É gratificante ver que os jovens entendem a relevância da cidadania, da transparência, com uma intensidade e uma consistência que os de outras gerações não entendiam”.

Há mais e mais sinais que refletem o novo tempo. E então, leitor, dá para pensar um pouco mais sobre tudo isto?

Revisão do texto: Márcia Navarro Cipólli, navarro98@gmail.com

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