sexta-feira, 12 de outubro de 2018

“O Poder do Hábito”

Charles Duhigg, nascido em 1974  

Repórter investigativo do New York Times. Foi autor e colaborador de Golden Opportunities (2007), uma série de artigos que examinavam como empresas estão tentando se aproveitar de americanos em idade avançada.







Nas últimas duas décadas, neurologistas, psicólogos, sociólogos e publicitários finalmente começaram a entender como os hábitos funcionam – e, o mais importante, como podem ser transformados. Embora isoladamente pareçam ter pouca importância, com o tempo eles têm um enorme impacto em nossa saúde, produtividade, estabilidade financeira e felicidade.

Charles Duhigg apresenta um argumento animador: a chave para se exercitar regularmente, perder peso, educar bem os filhos, tornar-se uma pessoa mais produtiva, criar empresas produtivas e ter sucesso é entender como os hábitos funcionam.





Livros Recomendados

TENHO este produtivo hábito. Sintetizar os livros que leio abordando autoconhecimento e espiritualidade. É comum eu compartilhar com os meus seguidores trechos de alguns deles. Isso não impede o leitor de adquirir a citada obra para conhecê-la em sua totalidade. Vai aqui também a sugestão de um presente muito útil para quem valoriza a leitura.    

Tom Simões, tomsimoes@hotmail.com








Conheça algumas das ideias memoráveis do livro:



NÃO compartilhar uma oportunidade de aprender é um pecado capital.”


TODA a nossa vida, na medida em que tem forma definida, não é nada além de uma massa de hábitos”, escreveu William James em 1892. A maioria das escolhas que fazemos a cada dia pode parecer fruto de decisões tomadas com bastante consideração, porém não é. Elas são hábitos. E embora cada hábito signifique relativamente pouco por si só, ao longo do tempo, as refeições que pedimos, o que dizemos a nossos filhos toda noite, se poupamos ou gastamos dinheiro, com que frequência fazemos exercícios, e o modo como organizamos nossos pensamentos e rotinas de trabalho têm impactos enormes em nossa saúde, produtividade, segurança financeira e felicidade.”



Um artigo publicado por um pesquisador da Duke University, em 2006, descobriu que mais de 40% das ações que as pessoas realizavam todos os dias não eram decisões de fato, mas sim hábitos.
William James – assim como inúmeros outros, de Aristóteles a Oprah Winfrey – passou boa parte de sua vida tentando entender por que os hábitos existem. Porém, só nas últimas duas décadas os neurologistas, psicólogos, sociólogos e marqueteiros realmente começaram a entender como os hábitos funcionam – e, mais importante, como eles mudam.








Esse livro é baseado em centenas de estudos acadêmicos, entrevistas com aproximadamente trezentos cientistas e executivos, e pesquisas realizadas em dezenas de empresas.

Charles Duhigg aborda os hábitos em sua definição técnica: as escolhas   que todos fazemos deliberadamente em algum momento, e nas quais paramos de pensar depois mas continuamos fazendo, normalmente todo dia. Em certo momento, todos nós decidimos conscientemente o quanto iríamos comer e quando sairíamos para correr. Depois paramos de fazer escolhas, e o comportamento torna-se automático. É uma consequência natural da nossa neurologia. E entendendo como isso acontece, você pode reconstruir esses padrões do jeito que quiser.




TRANSFORMAR um hábito não é necessariamente fácil nem rápido. Nem sempre é simples. Mas é possível. E agora entendemos como.
Quando um hábito surge, o cérebro para de participar totalmente da tomada de decisões. Ele para de fazer tanto esforço, ou desvia o foco para outras tarefas. A não ser que você deliberadamente lute contra um hábito – que encontre novas rotinas -, o padrão irá se desenrolar automaticamente.
Os hábitos dão forma a nossa vida muito mais do que percebemos – são tão fortes, na verdade, que fazem com que nossos cérebros se apeguem a eles a despeito de todo o resto, inclusive o bom-senso.”



QUALQUER pessoa pode usar esta fórmula básica para criar seus próprios hábitos: Quer fazer mais exercícios? Escolha uma DEIXA, como ir para a academia assim que acorda, e uma RECOMPENSA para depois de cada sessão. Então pense na injeção de endorfina que você vai sentir. Permita-se desfrutar antecipadamente da recompensa. Por fim, esse anseio vai acabar fazendo com que seja mais fácil ir à academia todo dia. Os anseios por essa recompensa suplantam a tentação de largar o exercício.”



ENTENDENDO os mecanismos dos hábitos, fazemos descobertas que tornam os novos comportamentos mais fáceis de dominar. Qualquer pessoa lutando com um vício ou comportamento destrutivo pode se beneficiar da ajuda de diversas frentes, incluindo terapeutas treinados, médicos, assistentes sociais e mentores religiosos. Mesmo profissionais dessas áreas, no entanto, concordam que a maioria dos alcoólatras, fumantes e outras pessoas lutando com comportamentos problemáticos param por si próprias, longe de circunstâncias formais de tratamento. Boa parte das vezes, essas mudanças são realizadas porque as pessoas examinam deixas, anseios e recompensas que impulsionam seus comportamentos, e então acham meios de substituir suas rotinas autodestrutivas por alternativas mais saudáveis, mesmo se elas não estiverem totalmente cientes do que estão fazendo nesse momento. Entender as deixas e os anseios que impulsionam seus hábitos não vai fazer com que eles desapareçam de repente – mas vai fornecer a você um meio de planejar como mudar o padrão.”




SE VOCÊ quer parar de fumar, pergunte a si mesmo se faz isso porque ama a nicotina, ou porque isso proporciona um estímulo rápido, uma estrutura para o seu dia, um jeito de socializar? Mais de trinta estudos de ex-fumantes descobriram que identificar as deixas e recompensas que eles associam aos cigarros, e então escolher novas rotinas que forneçam compensações parecidas – um Nicorette (*), uma rápida série de flexões de braço, ou simplesmente tirar uns poucos minutos para se alongar e relaxar -, aumenta a probabilidade de eles pararem.”

(*) Nicorette (nicotina) é indicado para o tratamento de indivíduos tabaco-dependentes para aliviar os sintomas da síndrome de abstinência à nicotina, levando à diminuição e abandono do hábito de fumar. 



SE VOCÊ identificar as deixas e recompensas, pode alterar a rotina. Pelo menos na maior parte das vezes. Para alguns hábitos, no entanto, há outro ingrediente necessário: a FÉ.”




Como os hábitos mudam?






NÃO HÁ, infelizmente, nenhuma série específica de passos que funcione de forma infalível para qualquer pessoa. Sabemos que um hábito não pode ser erradicado – ele deve, em vez disso, ser substituído. E sabemos que os hábitos são mais maleáveis quando a Regra de Ouro da mudança de hábito é aplicada: se mantivermos a mesma deixa e a mesma recompensa, uma nova rotina pode ser inserida.
Mas isso não é suficiente. Para que um hábito continue mudado, as pessoas precisam acreditar que a mudança é possível. E na maior parte das vezes, a FÉ só surge com a ajuda de um grupo.

Se você quer perder peso, estude seus hábitos para descobrir por que você realmente sai da mesa no trabalho para fazer um lanche todo dia e então encontre outra pessoa para dar um passeio com você, para bater papo na mesa dela e não na lanchonete, um grupo que acompanhe junto metas de perda de peso, ou alguém que também queira manter por perto um estoque de maçãs e não de batata chips.”




SABEMOS que a mudança pode acontecer. Alcoólatras podem parar de beber. Fumantes podem largar o cigarro. Eternos perdedores podem virar campeões. Você pode parar de roer as unhas ou de fazer lanche no trabalho, de gritar com seus filhos, de passar a noite acordado, de se atormentar com pequenas preocupações... E, como descobriram os cientistas, não é apenas a vida individual que pode ser mudada quando alguém dedica atenção aos hábitos. São também famílias, empresas, organizações e comunidades.    




PENSEMOS em estudos investigando os impactos dos exercícios nas rotinas diárias. Quando as pessoas começam a fazer exercícios habitualmente, mesmo com uma frequência baixa, como uma vez por semana, elas começam a mudar outros padrões não relacionados em suas vidas, muitas vezes sem saber disso. Tipicamente, pessoas que fazem exercícios começam a se alimentar melhor e se tornar mais produtivas no trabalho. Fumam menos e demonstram mais paciência com colegas e familiares. Usam seus cartões de crédito com menos frequência e afirmam sentir menos estresse. O motivo não é totalmente claro. Mas para muitas pessoas o exercício é um hábito angular que deflagra mudanças disseminadas. ‘O exercício transborda para outras áreas’, diz James Prochaska, um pesquisador da Universidade de Rhode Island. Há algo nele que facilita os outros hábitos.




 CONFORME seus músculos da força de vontade se desenvolvem, os bons hábitos parecem transbordar para outras partes da sua vida.” 




Academias de ginástica


QUANDO você aprende a se forçar a ir à academia, a começar sua lição de casa ou a comer uma salada em vez de um hambúrguer, parte do que está acontecendo é que você está mudando o modo como pensa”, diz Todd Heatherton, um pesquisador de Darmouth que trabalhou em estudos sobre a força de vontade. “As pessoas aprendem a controlar melhor seus impulsos. Aprendem a se distrair das tentações. E uma vez que você entrou nesse sulco criado pela força de vontade, seu cérebro tem prática em ajudar você a se concentrar num objetivo.”      



É POR ISSO que colocar crianças em aulas de piano ou de esportes é tão importante. Não tem nada a ver com criar um bom músico ou um craque de futebol aos 5 anos”, diz Heatherton. “Quando você aprende a se obrigar a praticar durante uma hora ou correr 15 voltas, começa a construir força de autocontrole. Um menino de 5 anos capaz de seguir a bola durante dez minutos se torna um aluno de sexta série que pode começar a lição de casa na hora certa.”



A ATRATIVIDADE das instalações e a disponibilidade do equipamento esportivo levam as pessoas a se matricular no começo, o que as faz continuar na academia é outra coisa.”



A RETENÇÃO - segundo um estudo realizado na ACM, uma das maiores organizações sem fins lucrativos dos Estados Unidos, realizado pelo cientista social Bill Lazarus e pelo matemático Dean Abbott -, é motivada por fatores emocionais, como por exemplo: se os funcionários sabem o nome dos membros ou dizem ‘oi’ quando eles chegam. Na verdade, muitas vezes as pessoas vão à academia procurar um contato humano, e não uma esteira ergométrica.”    



PARA VENDER um novo hábito, neste caso os exercícios, é preciso embrulhá-lo em algo que as pessoas já conhecem e apreciam, tal como o instinto de ir a lugares onde é fácil fazer amigos. ‘Estamos decifrando o código de como manter as pessoas na academia’, diz Lazarus. As pessoas querem frequentar lugares que satisfaçam suas necessidades sociais. Fazer com que as pessoas se exercitem em grupos torna mais provável que elas continuem treinando. É possível mudar a saúde do país assim.”  


***



ESTA síntese é uma simples ideia da obra. Quem se identificou com o seu conteúdo, deve ler o livro. Há muito mais a ser explorado sobre o tema.



Todo mundo pode mudar para melhor, se quiser. Carlos Castaneda, escritor e antropólogo peruano, diz que o homem só vive para aprender. “E se aprende, é porque é essa a natureza de seu destino, para melhor ou para pior”.

O autoconhecimento nos traz o saber, e este, o poder de nos transformar em pessoas melhores e mais plenas internamente. Trata-se de um longo caminho a ser percorrido e que exige a reinvenção de nós mesmos.
A gente tem de estar sempre se testando e se reinventando... Aperfeiçoando-se! 

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