sábado, 19 de fevereiro de 2011

“LIXO EXTRAORDINÁRIO”


Imagem: http://entretenimento.r7.com
Vik Muniz é o artista plástico brasileiro que mais vende, talvez a pessoa mais em voga no exterior, revela Silas Martí em seu artigo “Lixo Extraordinário é tão mega quanto Vik” (Folha de S. Paulo, caderno Ilustrada, 27/1/2011). 

Famoso, realizado, Vik desenvolveu durante um ano um projeto social no Jardim Gramacho, o maior aterro sanitário da América Latina, no Rio de Janeiro, uma montanha enorme de dejetos que estarrece pela magnitude, diz Silas. É que o artista desejava retribuir algo ao mundo por conta do resultado de suas conquistas.  

No documentário, Vik Muniz é guiado por Sebastião Carlos dos Santos, o Tião, líder agora célebre da Associação dos Catadores do Jardim Gramacho.

Na opinião de Silas, tudo nesse filme, na vida e na obra de Vik Muniz é mega, eletrizante, deslumbrado. “O artista, filho de retirantes nordestinos, debruça-se sobre a história sofrida dos catadores de lixo. Ele deixa seu estúdio em Nova York e embarca numa missão impossível de ajudar aquelas pessoas. Lixo Extraordinário, candidato ao Oscar de melhor documentário do ano, mostra como uma grife que é Vik Muniz consegue atenção mundial para uma catástrofe urbanística ao mesmo tempo em que se valoriza em leilões e vira coqueluche de colecionadores”. 

O filme é dirigido por Lucy Walker e produzido por Angus Aynsley, idealizador do projeto e colecionador de arte, ambos britânicos.  

Eu, pessoalmente, vibrei com o documentário, com uma hora e meia de duração, chegando muitas vezes a não conter algumas lágrimas. Notei como o público se mantém concentrado e emocionado durante a exibição. Porque a realidade dos catadores de lixo é algo surpreendente também pela alegria contagiante deles. Lembrei-me até dos operários do lixo urbano da minha cidade, que sempre alegres, brincando um com o outro, não raramente acenam alegremente para mim, logo cedo quando me dirijo ao trabalho, enquanto aguardo o caminhão estacionado para o trabalho do recolhimento. Eu também nunca deixo de acenar alegremente para eles.  

Não deixem de assistir e recomendar esse oportuno documentário que deve servir para a reflexão de muitas pessoas insensíveis à dura realidade dos catadores de lixo.

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