segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Como aliar a espiritualidade ao mundo executivo?

Ganhei de presente de minha filha, no Dia dos Pais, a assinatura da revista “Vida Simples”, editora Abril. Ela pensou em me dar algo que pudesse fortalecer o meu blog. E acertou! Irei sintetizar bons conteúdos de artigos dessa revista para inserir no blog. Como este texto, “A iogue executiva”, de autoria de Liane Alves (Vida Simples, edição 71, out. 2008), que acabo de ler.  

O meu blog reflete o que busco essencialmente em leituras diárias. Por acreditar que o material que seleciono pode levar pessoas à reflexão e à conseqüente mudança positiva de mentalidade, tenho prazer em compartilhar as minhas escolhas. 
 



Lembrando o filósofo David Weinberger (revista Super Interessante, edição 256, set. 2008, artigo “A internet nos deixa inteligentes”, escrito por Eduardo Szklarz), “Nós avançamos, e mudamos nossas crenças, conversando com pessoas com quem basicamente concordamos. Quando queremos debater algum assunto, procuramos pessoas com quem temos coisas em comum. Se há divergências grandes demais, não levamos o papo adiante. Quantas vezes você conseguiu discutir política com um neonazista? Não dá, porque não há nada em comum. Você pode tentar, mas não vai convencê-lo de que o nazismo é ruim. Não é confrontando diferenças radicais que a compreensão humana avança.”


O artigo de Liane Alves aborda a líder espiritual indiana Mohini Panjabi, jornalista e formada em História e em Ciências Políticas pela Universidade de Nova Délhi, na Índia. Ela afirma que é possível manter os valores pessoais mesmo dentro de corporações; a questão tem a ver com a percepção e a consciência.
 

O que acontece se você for deixado para trás por não querer entrar num jogo altamente competitivo?
 

A competição que fere ou prejudica outras pessoas é muito diferente da competição que nos aperfeiçoa. Todos nós somos únicos e especiais, com muitos dons que nos foram dados. Se procuramos por excelência na vida, nós vamos querer aperfeiçoar esses dons, continuando a aprender e a nos desenvolver, pessoalmente e também em nossa vida profissional. Nesse caso, vamos querer melhorar a empresa onde trabalhamos, melhorar os serviços que prestamos e nossos produtos. É um tipo de competição que nos aperfeiçoa. 


Todo mundo é espiritual por natureza e já tem naturalmente uma motivação para experimentar as qualidades internas de paz, contentamento e plenitude. Mas essas qualidades também podem se manifestar por meio de nossas ações de um jeito que habitualmente não chamamos de competitivo, mas que, de certa forma, é. Por exemplo, posso me perguntar: “Quantas pessoas ajudei hoje?”; “Quantas vezes consegui experimentar um sentimento de paz e amor durante o dia?”; “Posso aumentar essa média para mais 10% a cada semana?”. Será nossa consciência a ditar essa experiência e com relação a isso realmente todas as pessoas podem competir e ganhar.  

Por que achamos que as pessoas espirituais são incapazes de compreender o mundo material?


Tornar-se um iogue não significa afastar-se do mundo. Ao contrário, a espiritualidade dá iluminação, clareza e poder. E, quando você tem clareza e poder, é capaz de perceber mais facilmente quando há problemas, e como solucioná-los. Quando você aplica a espiritualidade ao lado da compreensão, você clareia o caminho. Sua jornada não se torna apenas prazerosa, mas muito mais significativa. 
 

É possível falar de espiritualidade no trabalho sem ser invasivo?
 

Compartilhar costuma ser mais fácil quando alguém pede para saber mais sobre nosso caminho espiritual do que quando queremos forçar uma pessoa a escutar o que desejamos falar. Além disso, quando vivemos uma vida baseada em princípios espirituais, quando realmente os incorporamos, podemos criar sucesso, paz de espírito e felicidade em nossa existência.
 


Essa forma de comunicação é muito mais prática e poderosa do que apenas fazer discursos para alguém. Se acredito no lado sagrado da vida e escolho, por exemplo, um tipo de alimentação que reflita esse princípio, não é necessário ficar falando e discutindo sobre o que é certo e errado nesse campo. Mas, se alguém estiver interessado e perguntar sobre essa opção, é claro que posso falar e dar mais informações.

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