A arte de não se importar muito: o essencial é proteger a paz
Tom Simões, jornalista, Santos
(São Paulo, Brasil), 5 de outubro de 2025
“Maturidade é saber o que já não
nos serve mais”, alguém escreveu. Também cito Grey’s Anatomy, o drama
médico mais longo da história da televisão americana, exibido pela rede ABC: “Quem
determina quando o velho acaba e o novo começa? Não é o calendário, não é um
aniversário, nem um ano novo - é um evento. Grande ou pequeno, mas algo que nos
mude, que, de preferência, nos dê esperanças, uma nova maneira de viver e de
olhar para o mundo, desfazendo-nos de velhos hábitos e memórias. O importante é
nunca deixar de acreditar que podemos ter um novo começo, mas também é
importante lembrar que há algumas poucas coisas que valem a pena guardar com a
gente”.
Pois bem, leitores, eu não somente compartilho ensinamentos de grandes pensadores. Coloco-os em prática. Um ensinamento, quando é assimilado por nós, passa a ser nosso. A gente recebe e interioriza. Sócrates, o filósofo, não tinha sistema para ensinar. Ao longo, sua filosofia era um exercício espiritual, um convite para um novo modo de vida, reflexão ativa e consciência desperta. “Só fazemos melhor aquilo que repetidamente insistimos em melhorar”, lembra o filósofo Aristóteles.
O sentido da vida é caminhar. Livre. Amorosamente. Compartilhando com o próximo a paz experimentada. Este é o meu propósito. Quando se tem um propósito elevado, a vida ganha clareza, motivação e sentido. Há uma razão para fazer o que se faz.
O despertar da consciência é um processo contínuo de expansão da percepção sobre si mesmo, os outros e o mundo, que leva a uma compreensão mais profunda da existência e a um propósito de vida que vai além do ego e de limitações pessoais e culturais.
Autocelebração é o ato de celebrar a si mesmo, reconhecendo e valorizando conquistas, o amor-próprio e a individualidade. Essa prática não depende da validação de outras pessoas e é tida como fundamental para o desenvolvimento pessoal. A gente se preocupa muito com coisas que não são importantes. Isso gera exaustão e autocrítica constante. Aprender a não ligar tanto pode trazer leveza ao dia a dia. Porque não se pode controlar tudo, mas escolher como reagir. A gente não tem controle sobre a opinião alheia ou acontecimentos externos. É preciso apenas controlar nossa reação. E perguntar: ‘Isso está ao meu alcance?’ Se a resposta for não, é hora de desapegar.
Outra prática fundamental é a
tolerância: o ato de agir com condescendência e aceitação perante algo que não
se quer ou não se pode impedir. Ressalte-se ainda o exercício do silêncio diante
de uma contrariedade. Há algo que diz: “A maturidade ensina que às vezes a
gente precisa aprender a ficar em silêncio, mesmo quando tem muito a dizer”.
Silêncio não é sinal de vazio, é paz interior.
A psicologia sugere que o
silêncio pode ser um poderoso comunicador, capaz de expressar respeito e
controle ou criar um impacto emocional maior do que as próprias palavras. A
opção de se calar pode complementar ou contradizer uma mensagem verbal.
O silêncio de uma pessoa pode
levar a outra à autorreflexão ao criar um espaço para a introspecção, o processamento
de pensamentos e sentimentos e a tomada de decisões mais conscientes e
alinhadas com os próprios valores. Portanto, um convite para a reconexão
consigo mesmo e com o outro. Mas se o silêncio for usado para punir ou
manipular, é prejudicial, não apenas emocionalmente, mas na relação recíproca. Compreender
e ser compreendido é determinante para que se estabeleça uma troca
positiva.
* Fonte de consulta: https://www.correiobraziliense.com.br/cbradar/a-arte-de-nao-se-importar-muito-maneiras-simples-de-proteger-sua-paz/
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