quarta-feira, 21 de agosto de 2019

GRUPOS DE WhatsApp: CADÊ O BOM SENSO?






COM o surgimento do WhatsApp, é cada vez mais comum as pessoas se desligarem do mundo para mergulhar no celular. Que tal dar uma melhor utilidade a esse instrumento? Carl Gustav Jung, 1875-1961, psiquiatra e psicoterapeuta suíço que fundou a psicologia analítica, lembra que toda forma de vício é ruim, não importa que seja droga, álcool ou idealismo. 

Leitores amigos, perdoem-me! Trata-se aqui de uma coisa que antes deve ser compreendida do que erroneamente mal interpretada. Mas eu espero que vocês encontrem alguma coisa aqui que possam usar para melhorar sua vida. Eu trabalho para o alargamento da consciência humana. Todo o restante vem naturalmente quando a consciência se expande. Chame por seu Deus interno, chame por seu Eu Superior, e peça acima de tudo ‘consciência’. Quem sabe alguém aqui se sinta inspirado a melhorar algo em sua vida. Este conhecimento serve somente a quem se disponha a aceitá-lo. 

Em “Dicas para se livrar dos chatinhos do WhatsApp”, https://bolsablindada.com.br/dicas-para-nao-ser-chatinha-do-whatsapp/, quem se identifica com tudo isto: “Vixe! Em redes sociais tem muito chato de plantão. Aquele que manda ‘bom dia’, ‘boa tarde’, ‘boa noite’, aquele que quer incutir a ideia política dele na sua cabeça, aquele que faz grupo da festa, grupo da compra, grupo dos filhos... e lhe coloca em todos esses grupos sem que você tenha pedido. Não seja chato como essas pessoas. Muitas coisas que poderiam ser compartilhadas podem muito bem não ser, e ficarem só com você”. Que o WhatsApp foi criado para facilitar a vida, todo mundo sabe, mas nem todo mundo sabe como utilizá-lo sensatamente.   




Leon Tolstói, 1828-1910: escritor russo, amplamente reconhecido como um dos maiores de todos os tempos



O pior é que muitas pessoas estão sendo chamadas de chatas sem saber. E é isso que me entristece. Eu prefiro ser direto, tentando poupá-las do ridículo, tentando fazer com que se conscientizem.

Ando assustado com a forma como tantas pessoas estão viciadas no WhatsApp. Inclusive andando pela rua grudadas no celular, com a cabeça baixa, sujeitas a um acidente. E não só jovens. Pessoas idosas também, cada vez em maior número e cada vez mais viciadas. E o pior: não raramente para repassar as ‘célebres’ mensagens de ‘bom dia’ que pipocam na tela todos os dias e não enriquecem em nada a vida de quem as recebe. Há muita gente comentando que não aguenta mais! Trata-se de algo do tipo: ‘mais um dia se passou, e não usei isso para nada’. Como escreve Paula Cesarino Costa, em editorial da Folha de S. Paulo, estamos vivendo a era da instantaneidade obrigatória e da simplificação burra.

“Sim, eu sei que o inútil faz parte da vida, as coisas fúteis e desinteressadas fazem parte da vida. Porém, tem gente que só vive disso. Estão desconectadas da realidade em sua nova conexão. Não conseguem ler nem bula de remédio. Sua vida sem conexão é um tédio!”, escreve o professor universitário Reinaldo Marchesi, da Universidade Federal de Mato Grosso, em seu artigo “A única coisa real é que o mundo virou virtual: a solidão conectada”, https://www.olhardireto.com.br/conceito/colunas/exibir.asp?id=178&artigo=a-unica-coisa-real-e-que-o-mundo-virou-virtual-a-solidao-conectada Não deixem de ler esse artigo completo.

Como lembra o professor Marchesi, desligamo-nos da vida, às vezes em seus segundos mais sagrados. Mais raros. Mais caros. “Desligamo-nos das coisas simples do mundo real. A formiga que passa. O vento que bate à face. A peraltice de uma criança ao lado. Olhando para nossos celulares, perdemos sorrisos e semblantes. Perdemos nossos olhares. Nossos contatos não são mais reais. Estão em listas. Listagens humanas. Fotografias. Aparências. Imagens. Popularidade”.

Gente, há enorme quantidade de frases de grandes pensadores e sábios da Humanidade que levam a profundas reflexões. Como há muitos textos e vídeos educativos. Faça diferença em seus grupos de WhatsApp. A questão é o interesse pela pesquisa. E a preguiça? Acaba sendo bem mais fácil o repasse das frivolidades da rede social, não é mesmo? Ah! Pobre de quem tem preguiça de pensar! Haja emojis (essas carinhas sorridentes e chatas) para copiar e colar!

Infelizmente, há mais espaço para a informação inútil do que para a arte do bem dizer. Isto é uma realidade. Pesquisando no Google, descobri uma reflexão interessante de Flávia Queiroz: ‘Já parou para pensar no quanto abrimos mão do pensamento por causa do celular?’. É dela também: ‘Assim como alguns dias pedem que a gente desligue o celular e leia um livro, há momentos propícios para sair do WhatsApp e encontrar um amigo’. Meditar, quem sabe! Faça mais coisas que façam esquecer que o celular existe, e a televisão também! Para melhorar sua qualidade de vida, acima de tudo!

Ainda com base no site https://bolsablindada.com.br/dicas-para-nao-ser-chatinha-do-whatsapp/, veja se você se identifica com algo aqui e reflita, para não ser chamado de chato: você manda mensagens para toda sua lista de contatos por achar que vai interessar a todo mundo ou por costume? Você manda frequentemente mensagens de ‘bom dia’, ‘boa tarde’, ‘boa noite’, ‘boa semana’, ‘bom final de semana’, ‘boa quarta-feira chuvosa’ etc.? Você retransmite correntes e notícias sem checar se são verdadeiras? Já passou pela sua cabeça que nem todo mundo suporta abrir o celular e se deparar com tanta chatice, sem nada original?...  

Já há inclusive dispositivos que permitem evitar mensagens dessas repetitivas na tela do celular. Uma delas é silenciar contatos e grupos que não têm consciência do incômodo que causam a outras pessoas. Você sabia?  

É claro que mensagens com bons conteúdos sempre são bem-vindas, dessas que promovem material de interação social construtivo, esse tipo de conteúdo que amigos costumam dar retorno. Muitas pessoas se diferenciam em suas postagens por terem conteúdos de fato transformadores.

O campo privativo do Facebook também abriga mensagens particulares. Alguém querendo conversar ou ser gentil com determinado amigo. Ocorre que muitas pessoas enviam emojis a todos os seguidores de sua lista, diariamente!

Em grupos de família ou de amigos, a gente pode usar e abusar de postagens registrando fatos peculiares e fotos originais. Brincadeiras entre os membros também são bem-vindas. Os grupos existem para isso. É claro que informações gerais e orientações úteis também são oportunas.

Como orienta o filósofo e escritor Mario Sergio Cortella, “Não basta ter informação, é preciso saber o que fazer com ela”. Nós precisamos ajudar os outros na transição para novos comportamentos. Usar a rede social para o conhecimento útil, aquele que, segundo o filósofo Sócrates, nos torna melhores. O conhecimento gera reflexão, cria uma nova visão e, por consequência, novas atitudes e escolhas, e isso sim pode mudar uma vida. É disso que a sociedade precisa! Aprender e ensinar constituem tarefas de cada hora, para que colaboremos no enriquecimento da vida, lembra Chico Xavier, grande expoente da espiritualidade. Portanto, amigos, ao compartilharem na rede social, pensem sempre em mensagens que tenham algo a ensinar.

A gente tem de estar sempre se testando e se reinventando.
Aperfeiçoando-se! Todo mundo pode mudar para melhor, se quiser. Mahatma Gandhi, advogado e renomado ativista indiano, tinha uma enorme necessidade de preencher cada momento com algo importante. Ele dizia que o desperdício pior e mais violento é desperdiçar qualquer parte do nosso dia.  

Acrescento também o pensamento do antropólogo e escritor peruano Carlos Castaneda: “O homem só vive para aprender. E se aprende é porque é essa a natureza de seu destino, para melhor ou para pior”.

Portanto, amigos, “Não utilizem seu tempo procurando coisas pequenas. Não se satisfaçam com algo que seja menos do que o maior”, alguém escreveu. Palavras sábias são para os poucos que as podem compreender; outros certamente não se sentirão atraídos por elas.

Mas fiquem certos que, quando chegar o tempo em que puderem dar o primeiro passo, o caminho se abrirá diante de vocês. “Quanto mais temos conhecimento de ‘si mesmo’, tanto mais perguntamos como empregá-lo no mundo”, lembra sabiamente Michaela Glöckler, escritora alemã.  

Tudo isso faz a gente pensar. Ao despertar a consciência, o que vem a seguir? Um contínuo processo de autoconhecimento e amadurecimento. Isto ninguém tira da gente. Em “A Voz do Silêncio – Pequena Grande Enciclopédia da Espiritualidade Universal”, a escritora russa Helena Blavatsky traz a ideia que o autoconhecimento não é fruto da inércia, o autoconhecimento é filho de atos amorosos.

Quem não aprender algo com essas lições, perdeu a aula!


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Um comentário:

  1. Izabel da Silva - Santos, SP23 de agosto de 2019 às 17:22

    Tenho um celular que denomino de 1800 (ano). Minhas comunicações são SMS quando necessário, e-mail e viva voz direto. Nada de WhatsApp etc. etc. Divirto-me muito, faço minhas lutas políticas e adoro encontrar pessoalmente com amigos de todas as épocas. Para mim, o resultado é ótimo.

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