A série coreana acompanha Deok-chul, aposentado de 70 anos que decide realizar seu sonho de infância de dançar balé. Muito comovente. Recomendo.
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Assista ao trailer oficial. A série é exibida no Brasil pela
Netflix:
https://www.youtube.com/watch?v=ZrR8RrltK5Y
Tom Simões, jornalista, Santos
(Brasil), 21 de agosto de 2025
Assisti recentemente a esse
drama inesquecível, um dos filmes melhores que assisti nos últimos tempos. A
série estreou em 22 de março de 2021.
O título Navillera, ‘borboleta’ em coreano, faz sentido pela
leveza dos dançarinos de balé, que se movem como uma borboleta pelo palco. Simboliza
a leveza e graça da dança, além da sutileza dos sonhos e da vida, tema também presente
no poema tradicional coreano que inspirou o título. Essa metáfora reforça a
mensagem poética do drama sobre encontrar beleza e significado
independentemente da fase da vida.
Após sair do enterro de um
amigo e perceber que a morte estava cada dia mais próxima, Deok-chul, um
senhor de 70 anos, ouve uma música e começa a procurar de onde vem o som. Ele acaba
em uma academia de dança e fica encantado, vendo o jovem Lee Chae-rok
dançando balé. Aquele momento desperta no idoso a lembrança de quando era
criança e sonhava ser bailarino, voar no palco, mas seu pai o proibiu. Já
adulto, batalhou a vida toda para sustentar a família, deixando seus sonhos no
passado.
Deok-chul é um carteiro aposentado que
decide realizar o sonho de aprender balé, o que não agrada sua família. Essa busca
mostra que nunca é tarde para concretizar um objetivo que parece distante e
difícil de alcançar. Importa a dedicação e determinação para superar as
adversidades, não obstante a idade.
Ele resolve então realizar
seu sonho a qualquer custo e pede para Chae-rok ser seu professor.
Depois de muita insistência, Chae-rok concorda em dar aulas para Deok-chul,
mas com a condição dele conseguir realizar alguns movimentos iniciais do balé.
Chae-rok personifica um bailarino
de 23 anos que se interessou por esse estilo de dança depois de experimentar
diferentes esportes. Sua mãe, que também era bailarina, morreu quando ele era
jovem. O personagem se encontra em dificuldade financeira e pensa em desistir
do balé, quando conhece Deok-chul, que o faz mudar de ideia.
A dança une então esses dois homens de idades e realidades diferentes, mas igualmente difíceis. Por esse sonho, vale tudo. Navillera explora temas profundos, como a realização de sonhos na terceira idade, dedicação, amizade intergeracional e a redescoberta pessoal através do balé e do apoio mútuo.
Essa conexão enriquece a
narrativa ao mostrar como aprendizados, inspiração e apoio podem transcender as
diferenças de idade. O drama aborda as dificuldades emocionais e familiares dos
personagens, como os traumas e perdas de Chae-rok, bem como a pressão social e
cobranças que Deok-chul enfrenta para superar preconceitos relacionados ao envelhecimento.
Todo estágio da vida envolve alegrias e prazeres, mas também desafios e
restrições. Jovens e velhos devem compartilhar suas experiências e visões de
mundo e descobrir coisas em comum, como a falta de reconhecimento quando se é
novo demais, ou a invisibilidade quando envelhecemos.
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Leia
também: https://koreanny.com/resenha-navillera/
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